sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pequeno parenteses....()

Então...é difícil reconhecer....mas nasci em um lugar que não me pertencia.
Meu coração não vibra quando vejo os pensadores, a tecnologia atual (bem essa ainda vai..), as músicas do Bonde do Tigrão, as novelas da Globo.... =/
O que aquece meu insano coração é o passado. Não o enterrado, o esquecido. " Toda história é a História do presente." já sei...aprendi isso em uma das maravilhosas aulas com o profº Drº Carlos Eduardo Marotta Peters....
Mas o que eu amo mesmo são os Beatles; Dance in Day's; noite do Flash Back; Desenhos do muppets baby...
chega a ter um entoamento humorístico, eu sei...mas não posso negar.
Sgt. Peppers é a representação musical de tudo o que eu penso sobre os anos que eu não vivi.
O passado, por si só, já é lindo; glorioso; brilhante.
Mas o meu passado, que cheira a naftalina do tempo presente, que revive nos corações poluídos pela falta de amor,...ah! este sim me encanta.
Viva aquele tempo em que o futuro importava.
Aqueles dia de glórias onde podíamos ser apenas nós...onde se podia gritar.
"O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou.."
Talvez seja isso. Estamos no inferno (cultural, emocional, populacional, mental....) e ainda não voltamos.
Espero estar aqui qndo voltarmos.
Enqto isso, eu me aguento. Ouço Tom Jobim....tenho alucinações recitando Vinicíus de Morais e Carlos Drummond...
"lendo aqueles bilhetinhos azuis que encontramos ao acordar...."

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A saga de duas cunhadas : O livro de direito das cunhadas - parte I

Hoje, dia em que completo 21 anos, fundo o livro de diretos das cunhadas.
Sim, cunhadas mesmo.
Mas nao aquelas pessoas chatinhas que entram na sua familia sem pedir licença, sem mais nem menos...
não essas falsas cunhadas, que usam esse título sagrado indevidamente.
Falo das verdadeiras cunhadas, aquelas legítimas por sangue, linhagem e descendênicia. Aquelas que são nossas irmãs mais velhas, nossas companheiras, nossas
orientadoras de moda, de vida, de garotos...essas será minha saga, minha sina: escrever (enqnto viver) para contar a história sobre eu e minha cunhada.

Vamos ao princípio então...
em meados da fundação do mundo, em meio a répteis gigantes e afins, estavamos eu e minha cunhada, perdidas na selva pré histórica....
eu, nove anos, franjinha (o que na época não era nada moda..) gordinha, na terceira série do ensino fundamental (isso já explica muita coisa mesmo..); ela, a peça chave
dessa história, a mater, father, brother, sister, thuck de tudo!! de calça jeans preta com lycra (pesando 47 kl - imaginem como era..) blusa tipo camisinha de botão
florida a lá feira do cigano com um sapato não identificável para mim naquela época.

Nos encontramos nos seguintes moldes....ela estava sentada em um sofá da sala de visitas em minha casa. Eu, sentada no sofá da sala de TV. Apenas uma parede
separava a vida que estava para vir. A amizade tremendamente fundamental que todos devemos ter era separada por uma parede. Um parede mizerável.
Tijolos, era só.
O passo inicial foi meu, entrando na sala e iniciando aquilo que seria a primeira de nossas conversas:

- oi!
- oi*!
- Qual é o seu nome?
- Jeane.....e o seu?
- o meu é Nayara....
- em que série vc estuda??? (óbvio que essa pergunta foi minha; afinal estava na 3ª série e a escola era o meu mundo paralelo..)
- no 2º colegial........
- como chamam suas professoras ??
- .....................

...
e assim foi...
o princípio nasceu disso.
Esse fato já nos rendeu várias risadas. Boas risadas mesmo.
Rimos tanto que até choramos.
Mas já dá pra imaginar...esse foi apenas o começo.