quarta-feira, 26 de março de 2008

100 coisas que duas cunhadas pensam - mais uma da série " A Saga de duas cunhadas"

Diante de várias curiosidades a cerca do que eu e minha queridíssima cunhada falamos o dia todo, horas a fio, durante todos os dias da semana, durante todas as semanas do mês, durante todos os meses do ano e, finalmente, durante todos os anos que nos conhecemos; resolvemos, em comum acordo, que vamos expor aqui o conteúdo de nossos cérebros.
Claro, que para poupar a integridade de nossa essência cunhadística, não colocarei nomes (se bem que não será preciso em muitos casos). Fique a vontade, querido leitor para descobrir se esses pensamentos já habitaram os "cachos de suas cucas maravilhosas," em um tempo em que o amor povoava o mundo com muito mais freqüência do que hoje.
Boas risadas!! =)

"me ajuda a pensar então"
"cara, a pulga sempre se ferra"
"tem música mais ordinária do que essa?"
"heheh"
"amanhã é aniversário da minha mãe, mas eu comprei um presente pra mocinha !!!!!"
"tô com cara de quem não dorme a 30 dias"
"peida que a criatividade vem"
"eu acho que a gente deve fazer uma foto de nós duas... é sempre mais facil!! afinal somos duas gatas felpudas lindas"
"pq ele só sabe tirar foto com cara de mal, e a minha de cara gordinha..."
"antes ou depois da chapinha?"

"pronto cu, a minha caixa de msg já tá limpinha, lavadinha e cherosinha, pode mandar"
"eu só vou assistir se for: Tropa de Elite ou o filme da Gretchen senão nem vale a pena"
"tem gente que pra ser burra, tinha que fazer curso superior!!!"
"CARA, COMO EU SOU LESADA NÉ?!"
"sinto uma coisa mole gelatinosa dentro da minha cabeça"
"sei lá"
"mas o tico é mesmo uma gracinha, né?"
"eu acho que a cachorra tava drogada, não é possível"
"sabe aquela cara de cara sem cara nenhuma?"
"então cunhada, conta alguma coisa"
"então, tá tudo bem?
tá sim, tirando os problemas tá tudo bem"
"Thurbiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii"
"ô gentinha!!!"
"/tonto" - emoticon mais usando, seguido do "nnn"
"cunhada, cunhadinha, temperada na cozinha"
"olha cara, eu gosto de você, mas gosto mais da mocinha"
"o michael trabalhava como escavador para a prefeitura" - michael, o cachorro da cunhada
"e aquele dia na boate, lembra?"
"hummmm, que fome"
"morri psicologicamente"
"..."
" Cunhada diz: então e o que faz a antena diabólica (parabólica)?
Cunhada responde: conecção direta com o inferno!!"


Beijo cunhada!!
nayarac.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sobre algumas coisas de web...

Sobre algumas coisas de web...
(não sou perito..perdão para as faltas do caminho)
Ontem (19/03), assistindo um dos excelentes programas da TV Cultura, me deparei com um sábio senhor chamado Sérgio Amadeu dizendo sobre o problema da exclusão digital hoje no Brasil.
Claro, eu não vou nem quero questionar isso; não seria ridícula a tal ponto.....
Entre tantas outras coisas que já não me lembro, ele disse sobre a estrutura educacional que é velha de mais, que não consegue fazer o aprendiz evoluir; daí tantas salas e laboratórios de informáticas trancados e sem uso.
De fato; a estrutura é velha. Mas o pensamento também é.
Como uma licenciando em história e profissional de web vivo bem o dilema, agravado ainda pela localização geográfica que me encontro: fora dos grandes centros e dos grandes acontecimentos.
Vejo como, na prática, um professor é inapto diante de qualquer que seja a tecnologia para o além do giz e lousa.
Vejo também que eles, estas professoras e professores que se graduam comigo se sentem incapazes de conhecer (nem precisava dominar mesmo) essa fabulosa máquina.
Também tive medo de computadores, até entender que eles são feitos SIM para que eu evolua e conheça mais.
Também o homem primitivo teve medo do fogo. Já pensou se ele tivesse desistido ou mesmo tivesse deixado o medo tomar conta de si? Será que teríamos chegado a lua?
Talvez a resposta parece óbvia...
O que me preocupa porém é outro fato: o do pensamento. Longe de ser uma defensora da teoria das mentalidades, mas é a condição mental destes que ensinam e dos que aprendem que me inquieta. Afinal, ser professor ficou no tempo. Hoje quem ensina informática é monitor, instrutor... o personagem professor se resumiu na figura cómica do passado; nas velhas salas com os escassos materiais de que dispunha; como se por exigencia da profissão, ele tivesse que permanecer com seu jaleco e seu giz, enferrujado e enferrujando.
Ser professor está em desuso, poderia se dizer se isso fosse sobre uma peça de roupa.
O pensar está velho.
A estrutura está velha.
Os jovens estão velhos.
As pessoas, de maneira geral mas sem ser generalista, estão velhas. Buscando no saudosismo, o conforto para aquilo que não temos.
Mas, para não ser utópica demasiadamente, precisamos lembrar: como falar em inclusão digital para pessoas que não tem água encanada? para aquelas que não tem vasos sanitários em suas casas? para aquelas crianças que não tem nem os dentes na boca? é difícil..... e também do outro lado: como falar para essas crianças que têm água encanada, vaso sanitário, dentes perfeitos que, se elas não buscarem desesperadamente o conhecimento rápido e atual que a tecnologia traz, o futuro daquelas outras crianças nunca vai mudar?
Não quero também parecer saudosista, porém a postura a ser tomada fica cada vez mais difícil.
Nunca impossível, porém sempre difícil.
A dúvida que resta é a quem incluir digitalmente: os que passam fome na grande favela do país ou os que se concentram nas populosas metrópolis?

PS: vestir um santo para despir o outro não é um bom caminho...

terça-feira, 11 de março de 2008

Canção pra declarar minha saudade.

Faz tempo que não escrevo. Isso me faz falta.
O tempo não colabora muito, mas confesso que não me esforço muito.
"Fácil seria aceitar essa vaga idéia de paraíso....como borboletas, que só vivem 24 horas. - Cazuza"
é sempre bom voltar.
Como em um samba-dor-de-cotovelo ou em um bolero feito na madrugada fria, volto a escrever; volto a sobreviver de minhas ilusões.
Cada dia descobre-se uma novidade sobre si mesmo. Hoje foi meu dia de descobrir-me.
Nos versos achados ao acaso muito mais do que suspeito, capaz de nos fazer duvidar de todas as crenças descrentes que temos por vontade ou por obrigação, encontrei uma tradução para minha alma, que a muito havia se perdido.
Pensei, no momento da leitura, que se tratava de um documento comprovatório do nascimento de minha vida errante. Porém, não era. Mas, como já dizia um sábio canário, o mundo sendo ou não uma loja de belchior, é preciso alimentar nossas vidas com qualquer sentimento que o valha. Sendo assim, o fiz.
Encontei em um amontoado de letras o conforto do abraço quente, pesado, presente, amoroso.
Pensei que seria passageiro o sentimento ali depositado, mas não o foi.
Pensei, ludicamente, que o tédio cotidiano superaria mais esse fato poético, mas não o foi.
Pensei....e isso foi bom.
É por isso que volto aqui e me digo: lembrai sempre.

Os tais versos...

"É necessário estar sempre bêbado.

Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.

E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!

Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha."

Charles Baudelaire


nayarac.

domingo, 2 de março de 2008

Bem, este vai a pedidos!! (que coisa mais fashion!!)

Hoje é domingo.
Noite.
Tomei sol pela manhã e despachei meus pais de casa, tudo para não ter que fazer almoço.
Resumindo, cérebro vazio.
Triste, eu sei e concordo.
Apesar de ter passado o fim de semana lendo sobre a América pré-colombiana; sobre o asilo do Juquery; sobre a psicodinâmica das cores e agora sobre Boris Fausto, minha massa encefálica insiste em ficar oquinha da silva sauro.
....
(adoro este blog. Ele me faz pensar, mesmo quando eu não quero muito...)
me lembrei das coisas planejadas para essa semana que vai começar:
- pagar a faculdade;
- ler mais um pouco de cada um dos 6 livros que estou lendo;
- tentar comer menos;
- tentar dormir mais;
- tentar trabalhar mais;
- bem...esqueci do resto..

por que será que insistimos em controlar essa medição injusta que chamamos tempo? por que não vivemos, tão simplesmente como se devia?
Fico (muito mesmo) frustada com a inevitável sensação das sexta-feiras: " a semana já acabou?"
nunca entendi nem aceitei muito bem essa convenção sobre o tempo.

oras, quem disse que seriam 24 horas? (o jack bauer não vale...)
é de fato confuso para mim.
Ainda essa semana, meu grande querido do coração, mestre por merecimento, doutor por título professor de Histórias brasileiras e americanas vem me dizer:

no mesmo tempo, mas em espaços diferentes, qndo a lógica é a mesma, mas em regiões distintas;

no mesmo espaço, mas em tempos diferentes, qndo a lógica não é a mesma, mas as regiões sim;

em tempos e espaços diferentes, aliando-se a isso a questão das classe socias.

César, eu juro que pensei muito, mas ainda não entrou na minha cabeça =/
Eu juro que vou pensar mais, mas se alguém quiser me ajudar, vou precisar muito :D.

Até a próxima!!