quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sem demora, por favor.

"Sempre achei graça dos dedos de uma amiga - eles eram torto. Até que um dia olhei minha mão e vi que os meus são bem mais que os dela."

É quase sempre a mesma coisa, o mesmo percurso que se segue para chegar naquele fim. E quando se fala em fim, logo se lembra do recomeço, da oportunidade que move o mundo. E recomeçar, na contagem maluca do nosso tempo "calendarístico", está mais para um enorme dejavù do que para um novo início mesmo.

Uma pena, eu acho.

Pensando em escrever esse post, me lembrei de anotar quais eram meus desejos para esse final de 2009. Coisas que eu gostaria que entrassem comigo em 2010 e me fizessem uma pessoa mais fashion ou talvez maquiada ou ainda mais organizada. Apêndices, coisas para acompanhar o produto.

Me dei conta, então, de que tudo isso só entra na lista para compor o por fora, o que se vê. Afinal, não tinha wish list para quem eu quero ser no ano que vem. E pensando em uma, imaginei que seria bom se eu pudesse me controlar mais. Em todos os bons sentidos que o controle possa ter: dinheiro, consumo, comida, tristeza, chateação.
Sem um bom auto-controle (ainda é assim que escreve?!?!) é difícil ser feliz; tudo acaba te atingindo e você fica cada vez mais distante de ser "comandante da sua vida".

Acho que também vou pedir um pouco de tolerância para mim. Sei que as vezes tolerar o outro resulta em algo mais do que respeito, mas quando se trata de você mesmo, é fundamental insistir mais. 2009 foi ano ingrato comigo: tive que ser mais do que eu queria, mais até do que eu estava preparada para ser e isso, nessa pseudo contagem, deu resultado negativo. Fiquei mais tempo fora do que dentro, mais tempo sendo outras do que sendo eu. E dói não ser você.

Ser, cada dia mais, o tipo de pessoa que eu gostaria de conviver. Porque não tem nada mais chato do que ser exatamente aquilo que você detesta, ah! não tem mesmo.
Muitos foram os momentos nesse quase moribundo 2009 que convivi com gente "assim-assim". E puxa!!, foi sofrível pra caramba! Gente que fala sem necessidade, que se exibe sem necessidade; gente que exagera do incomodar nosso de cada dia.

Se houve um lado legal nisso, foi o de descobrir nos último minutos, que você não precisa mostrar tudo o que sabe. Muito bem lembrado para mim, obrigada!!

E no resumo, gostaria de sorrir mais em 2010. Cada dia um pouco, cada dia mais sincero.

nayarac.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A vanguarda do gato

O título original desse post era algo como "minha lista para o papai noel", mas hoje, em uma conversa muito esclarecedora com o gato Nino, decidi trocar o nome.

Apesar da relativa distância entre minha promessa de escrever semanalmente aqui e a realidade das coisas, cá estou. Cansada, olhos-panda, sobrevivente de um TCC e de uma meia semana de provas finais; cá estou.

Mas esse é um espaço de alegria e, sendo assim, quero falar de algumas coisas boas que rolaram nesses últimos dias.

A primeira delas (não na ordem dos acontecimentos) foi uma pequena (mas muito, muito, muito fofinha) compra de makes. O legal nem é a compra em si, mas o carinho que recebi de bloqueiras fofas, lindas e suuuuper simpáticas. Me senti cheia de amigas maravilhosas! Tipo, A-M-E-I-!

A compra não era para ser assim como foi (conto isso depois...) mas acabou sendo melhor do que eu esperava. Não chegou nada ainda (comprei um kit de pincéis da EcoTools e pedi umas amostras de pigmentos da MAC) e, para provar que sou boa leitora e medrosa compradora, perguntei para as queridas do Coisas de Divas, MAKEUPalooza e Cruelty Free Makeup sobre os produtos, visto que havia post's sobre os respectivos produtos nesses espaços lindos.

E, foi me sentindo a íntima, que recebi as respostas carinhosas e prestativas. Sabe, para quem é baby nesse mundo de makes como eu, qualquer detalhezinho nos deixa derretendo. Parece que de uma hora para outra viramos as melhores amigas (coisa de doido isso, mas o sentimento é real).
Quero dizer aqui, na minha casinha, o quanto fiquei feliz com a atenção de vocês: Sá, Juliana, Milena e Renata. Beijos! beijos! beijos!

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Outra coisa boa pra contar é sobre o famigerado TCC. De alguma forma, posso dizer que acabou. Foi infinitas vezes mais difícil do que eu imaginei que fosse. Não é exagero, é verdade de quem precisa fazer alguma coisa além. Não sei bem se isso me ajuda ou atrapalha, mas ultimamente só me encontro fazendo coisas muito além de mim. Acho que mereço um parabéns!!

- - - -
E como esse post era pra falar de coisas que entraram para a lista de natal feliz e consumista, porque não fazê-lo?
Apesar de gostar muito, muito, muito de comprar, só sonho com coisas de realmente cabem no bolso universitário. Afinal, já basta a ânsia de consumir, já pensou se essa ânsia for ainda maior pelo não consumir? lol

Saca a listinha virtual dos mimozinhos:



Corretivo da Yes! - a saga do corretivo, vocês entendem...(a foto é da Marina do 2Beauty, que aliás fez uma resenha incrível sobre ele);

Tachas: porque eu ainda não tive meu momento Rock (foto de alynejs.wordpress.com/);

Linha Milk do Boticário: sem explicações, embalagens me compram! ( fotos de planetagloss.blogspot.com e vaidosaetodaprosa.blogspot.com);

Pérolas da Avon: mesmo que muitas meninas digam que não é grande coisa, essas bolinhas me arrancam suspiros. (foto de passaneura.com);

Regata cinza: de repente, não mais que de repente, foi uma vontade. (foto de osmeusbricolages.blogspot.com);

Sapatilha nude: porque esse sempre foi o segredo das pernas curtas!! (foto de elle.abril.com.br);

Kit açaí da Natura Ecos: você já cheirou isso? (foto de madameglamour.com.br);

Linha Impala Verão: só na minha cidade que não tem. (foto de paponadacabeca.blogspot.com);

Sapatonline: eu me recuso a explicar qualquer coisa diante dessas imagens (fotos do site: sapatonline.com.br).

Bem, é isso.
Papai Noel se quiser pode me dar tudo ai de cima!!

Bjos e até mais!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O lado de cá.

Porque há dores que nunca passam.

Eu sempre achei que essa era a real vontade dele. Depois de tantas idas e vindas de uma vida sem muitas explicações, eu achava verdadeiramente, que ele desejava esse descanso.
Não que ele ansiasse por isso, mas fato é que as dores dele também pesavam. E pesavam muito; eram nítidas demais para não enxergarmos.
Por conta disso, nossa vida foi, de certa forma, dedicada a tornar a dele mais leve, menos penosa.

Eu cresci no mundo que ele me contava, com voz rouca e quase sem rodeios. Era simplista, com toda elegância e complexidade que essa palavra contém.
Era rude também, mas não por preferir ser assim. Era, mais do que qualquer outro adjetivo que se possa dar, um humano.

A generosidade em compartilhar seu olhar vago, sua mão enrugada, sua risada frouxa foi enorme; me garantiram uma vida de felicidade plena, contagiante, inexplicável.
Tive, como poucos puderam ter, a alegria, a oportunidade, a dádiva de chamar alguém de avô.

O avô, que era figura pontual na família, se foi há tempos. Mais do que eu gostaria, mais do que eu imaginava.
E mesmo assim, essa ausência continua.

Imaginei que o tempo me ajudaria a lembrar de sua figura mais brandamente, com menos daquela angústia da hora da sua perda, mas isso é só ilusão. Tudo ainda está aqui.

- -
O pai da minha mãe foi também o meu pai. Foi também criança com eu, foi também o pai que meu pai perdeu muito cedo. O amigo dos amigos, a figura cativante da família, a presença sempre requerida, a pessoa certa na História errada.
Desisti de tentar torná-lo uma lembrança, uma passagem feliz e só.
Desisti de me imaginar sem esse pedaço, sem esses momentos de saudade eterna.

A dor não é da partida, é da certeza do nunca mais.

Nayarac.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O pensamento da minha vida.

Claro que eu gostaria de fazer esse post um pouco maior do que ele será, mas minha vidinha está mais corrida do que eu gostaria. Então, vai ser mesmo curto.
Sou uma pessoa mais fashion na cabeça do que na realidade e isso nem é por falta de vontade de transformar conhecimento em moda real.
Fico (ainda) presa em certas barreiras que crio, e isso dificulta meu lado Janessa de ser (musa!!).
Mas hoje vi (mais uma vez) uma coisa tão linda, tão verdadeira de se pensar que vou fazer desse meu lema fashion.

"Regra definitiva de "versatilização", por Fernanda

Pensa sempre que toda peça de roupa que a gente tem no armário ou que quer comprar tem que render pelo menos três looks diferentes. Isso quer dizer que cada peça precisa ser coordenável com outras três peças que a gente tem. E não vale camiseta pink com jaqueta preta, short preto, saia preta: pra valer a pena ter/comprar as nossas peças (to-das) precisa funcionar com outras três peças bem diferentes. Vale até pra vestido, viu? Faz o teste e volta aqui pra dizer se não é uma regra incrível! O guarda-roupa fica enxuto e coeso – e a gente economiza um tanto em compras dispensáveis!"

Mais uma vez as incríveis (porque não cabe adjetivo menor) meninas do Oficina de Estilo, me ensinando que moda é vida.

Nayarac.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para aprender a olhar.

Micro post, para propor um pensamento.

Quantas vezes você limitou seu pensamento até a margem de seu crânio? E quantas vezes você pensou sobre isso?

Recebi, via twitter, um link muito incrível (não só pelo seu conteúdo, mas pelo que me fez pensar) das queridas do Oficinas. O texto da twitada tinha a palavra beijo e isso já me remeteu a apenas uma forma, um conceito, uma definição.

Eu adoro me enganar com o que penso.

Ainda bem que o link tinha muito mais para oferecer do que minha limitada imaginação.

Confere!


(Post compartilhado com o Blog da Voraz)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A História de Lily Brown (poderia ser a minha tb?)

Como num romance, O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing, Era mais um...

Só que num relance
Os seus olhos me chuparam feito um zoom

Ele me comia, Com aqueles olhos
De comer fotografia, e Eu disse cheese

E de close em close, Fui perdendo a pose e até sorri, feliz


E voltou
Me ofereceu um drinque, Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então ficando flou...

Como no cinema
Me mandava às vezes uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema, Me desmilingüindo toda ao som do blues

Abusou do scoth, Disse que meu corpo Era só dele aquela noite
Eu disse please...

Xale no decote, disparei com as faces rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus, Já vou com os meus
Numa turnê...

Como amar esposa, disse ele que agora só me amava como esposa
Não como star, Me amassou as rosas, Me queimou as fotos, Me beijou no altar...

Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz...


A História de Lily Brown - Maria Gadú


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um adendo.

Sei que este post deveria ter outro assunto principal, mas como quem não se importa com as regras, vou mudar um pouco a ordem dos fatores.

Antes de falar das pessoas maravilhosas da minha vida virtual, quero registrar meu agradecimento aliviado as pessoas que me ajudaram a vencer um micro desafio pessoal: falar bem em público (não que falar em público seja problemático, mas falar bem é...).

Agradeço a confiança que, mesmo sem saber, despertei em todos. Não sou a pior pessoa do universo, mas não tenho medidas para dizer o quanto sou boa. Mas essa semana percebi que mesmo longe do objetivo final, posso me dizer suficientemente boa.

Depois da confiança, agradeço o apoio; sem ele não se faz nada. Fico feliz em perceber que mesmo em momentos complicados, de extrema irritação, tenho perto de mim aqueles que são mais preciosos que ouro.

A gratidão final vai para aqueles que reconheceram meu empenho e dedicação em elucidar as mentes cansadas e mesquinhas que rondam por ai. Perceber que essas pessoas me agradecem por ter dado um pouco mais de valor naquilo que fazem (mesmo que indiretamente) é valioso. É o mesmo que ver seu próprio futuro, seu próprio valor.

Assim, fica registrado todo o carinho que tenho por cada um de vocês.
Obrigada, do fundo do coração.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Antes de mais nada: você já leu o título desse blog?

Sim, ele não tem esse nome por acaso.
As vezes sinto que tudo nessa minha vida será no estilo "antes tarde do que nunca."
...
Lamentações à parte, minha ausência é muito bem explicada aqui. Não é a coisa mais simples do mundo ter cinco cachorros, mas eu prometo não abandonar meu espacinho fofuxo nesse blog.

Depois de tanto tempo fora, tenho várias novidades. Algumas nem tão novas, por estarem há tempos no blogroll. Acontece que nunca falei o motivo de estarem lá e, people, você é aquilo que lê (ou quase isso). Assim, vou dizer agora porque cada link desse mudou meu modo de enxergar o mundo mais longe.

Começa no próximo capítulo, ok?


Bjos, nayarac.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Grandes emoções.

*Emoção*
Esse é o sentimento de quem vos fala agora.

Explico: hoje, como conclusão de um curso online (esse aqui), participei de um chat com meu muso ever - Luli Radfahrer. (ok, ok. é mesmo uma babação, mas ele merece, tá?).

Brincadeiras a parte, o chat foi mega enriquecedor. Me fez pensar em quantas vezes deixamos de lado o maior diferencial que podemos ter nessa profissão: o conhecimento. Claro que outras coisas também contam, mas não dá para construir uma casa começando do telhado, certo? Conhecimento é base e TODO MUNDO tem que buscar o seu. (não rola pedir emprestado).

E ainda nesse assunto de construções, o maior conselho-dica-sugestão que o muso e todos os colegas do chat deram: saiba o que você faz.

Muitos são os casos em que desenvolvedores web (o pessoal do design entra aqui) são confundidos com o sobrinho do vizinho de um cara amigo seu do futebol, que mexe no computador.

Gente, não pode, né? Não dá mais pra ser assim.

Seu (futuro)
cliente pode não saber o que quer, mas você tem que saber o que faz e o que não faz. Não adianta reclamar depois, quando o trabalho não rende nada.

E, nessa hora, mais uma vez o conhecimento é fundamental: sabendo o que você quer, buscando o conhecimento para tal (não me venham com churumelas! aprender é sempre importante), é que damos qualidade para o que fazemos.

Também rolaram perguntas de mercado e tal. "Gente imbecil e brilhante tem em todos os lugares" (L.R). Então, nada de desculpas físicas para a má qualidade dos trabalhos.

Foi tudo muito bom mesmo.
Tem gente que acha exagerado da minha parte (e de tantas outras por ai) meus elogios a pessoa do Luli. Mas gente, quer profissional mais inspirador que ele?
Pessoa que pondera, que relativiza, que compreende o que fala. É de gente assim que nós temos que nos cercar - gente que não faz "modinhas", faz tendências! (sem referências diretas aos termos das palavras, ok? - só força de expressão).

E falando em inspiração, vale dois mantras para todo o profissional: receber mais informação do que dar (adaptação de um ditato chinês que rolou por lá) e, o mais lindo de tudo: (sobre como escolher boas informações, e gêneros): boa informação é tudo aquilo que te faz pensar que o mundo não é só onde você esta.

Lindo, não?


Mais referência: http://www.youtube.com/watch?v=uP8OhGzWat0

nayarac.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nada é maior que meu amor nem mais bonito

Antes que você possa perguntar, eu respondo: sim, eu amo a música, a pessoa, a figura, a imagem, a presença, a sonoridade, a história, a existência do Roberto Carlos.

Ontem, assistindo o especial "Elas cantam Roberto" comecei a procurar no meu coração o porque desse amor tão atípico. Afinal, eu não fui a garota do baile, nem a amada amante, muito menos a mulher de 40 dele.

Não vivi nada da magia. Nada, exceto as vezes que fui acordada ao som de Detalhes, oferecida por minha mãe que aumentava o som do velho radinho para eu acordar. Ou ainda as tarde da infância ouvindo a fita k7 que a mãe, quando mocinha, mandou gravar na rádio. Todos aqueles especiais mercadológicos que faziam a família se reunir e chorar no cantinho do olho.

Eu gosto de Roberto. E não é porque ele é lindo pra mim, mas porque é lindo pra tanta gente.
Sempre existe um restinho da sua voz naqueles momentos que guardamos na memória, um pouquinho daquela beleza cantada traduzindo o rosto especial que se transformou em letras, palavras, melodias...

Gostar de Roberto me faz bem, porque me faz pensar que todos temos um momento especial, um amigo irmão camarada, um lugar pra voltar, um amor esquecido, uma amada amante, um medo de amar e perder, um qualquer coisa que nos deixe assim, tão humanos, tão Roberto Carlos.






terça-feira, 5 de maio de 2009

Sobre o que as pessoas pensam.

Este post é um mix daquelas coisas lindas que encontro na web e das que encontro na vida real.
Vida on e off line se misturam quando pensamos que nem tudo pelo que se passa é bom.

Hoje, tive uma experiência curiosa: esbarrei (sem querer, eu juro!!) em um preconceito daqueles bem horríveis. Não vale a pena comentar o caso, mas o fato era que para tal sujeito, moda era uma mera futilidade (não, ele não considerou todos os empregos, as rendas à união, as micro-empresas que vivem do negócio, as bordadeiras do sertão da Bahia, as revoluções, as conquistas, os significados sociais, a estrutura política-econômica-social-ideológica que sustenta a palavra "moda").

Diante dessa situação triste e pequena, meu alívio veio da vidinha conectada: essa delícia de blog, mostrando que pelo menos essas cabeças pensam diferente.

Engraçado também foi a inversão dos papéis: ouvir o preconceito do "joven" e ver no "velho" a prova do contrário foi o melhor da conversa toda.

Link do post: www.advancedstyle.blogspot.com/
Indicado pelo sensacional: Super Zíper

Bjo,
nayarac.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não sei dizer.

"...eu tive um sonho que minha vida seria
Tão diferente deste inferno que eu vivo..."

Pode ser só pela insistência. Pode ser também pela beleza.
No fundo, não importa. Este blog aqui aceita, mesmo sem motivos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

E mais ainda - parte II

Dentro desse vai-e-vem de governos particulares, houve a presença de personagens da História política que merecem um olhar mais aprofundado. Dentre eles, os coronéis que, com origem na antiga Guarda Nacional, souberam estabelecer uma teia de poder no interior dos estados no Nordeste quase impenetrável, que dificultava a penetração da nova ordem. Assim, os primeiros anos da república foram pensados para definir o que ela seria. A “consolidação republicana” de Prudente de Morais e continuada por Campo Salles é exemplo.

O que esses presidentes fizeram foi organizar a sociedade (leia-se os grupos que tencionavam tomar o poder) de uma maneira que beneficiasse o principal produto da nação: o café. Pensando nisso, foi criada uma aliança política chamada de Política dos Governadores, onde todos os menbros filiados ao PR (partido republicano) tinham seu quinhão de poder e podiam – todos juntos – dirijir a política nacional para seus interesses. Tão bem pensado e arquitetado o esquema político feito por Salles que ele só veio a baixo depois de muitos anos.

Mas o que tanto era preciso fazer para que o café lucrasse? Para isso, quase nada. Afinal o protudo era a “galinha dos ovos de ouro” da época: sua aceitação no mercado europeu e principalmente norte-americano sempre teve grande êxito. O que se pretendia era uma política interna que supervalorisasse o produto, de modo a deixá-lo valendo muito mais do que de fato valia. Ferrovias, taxas cambiais diferenciadas, garantia de compra pelo Estado da produção não vendida, entre outras medidas foram adotadas para assegurar o café; quanto mais se aplicava nesse sentido, maior era o ganho. Contudo, essa política não pode ser mantida para sempre e quando ela começa a ruir, não há mais salvação para a economia brasileira: afinal o Estado que tanto investiu na cultura do café “esqueceu” de investir em outros meios que pudessem lhe sustentar se o precioso grão faltasse. E foi o que aconteceu, quando acontece a 1ª Guerra Mundial, ele faltou.

Faltou porque em período de guerra todas as econonias se voltam para dentro, seja na produção bélica ou de alimentos de subsistência (no caso, no período de pós guerra). E o café, apesar de muito bem aceito não se enquadra em nenhum dos dois casos – não é bélico nem de primeira necessidade. É assim que seu comércio entra em declínio.

Entre uma e outra tentativa de salvar a economia, que até então é majoriatariamente agrícola, aparecem os primeiros passos do processo de industrialização do país. A grande e ainda crescente massa de imigrantes que há tempos vem para o Brasil (desde o fim da escravidão) já não encontra mais abrigo no campo e parte para as cidades, onde as fábricas podem acolher a todos. Todos não, preferencialmente aqueles que já possuem o conceito capitalista de produção em mente: os imigrantes europeus são absorvidos mais rápido por essas crescentes indústrias.

Rápida também é a dissiminação das ideias políticas do operariado europeu. Sua alta condição politizada faz repercurtir uma situação incômoda há muito tempo pela população urbana brasileira: desde sempre os investimentos foram direcionados para o campo e a cidade não possuia as menores condições de crescimento, muito menos de suportar a onda de novos moradores. Era preciso fazer algo rápido e antes que outros o façam.

A falta de condições urbana, de leis regulamentadoras para o trabalho, os baixos salários, crescente insatisfação e a total desatenção do governo para esses problemas geravam um mal-estar na sociedade brasileira. Principalmente na sociedade paulista que, em 1917 – ano da principal greve da História, tinha cerca de 15.000 operários. Com um contingente desse era improvável que o Estado os ignorassem, mas era o que acontecia: a única relação que o presidente tinha com essa parcela da população era a repressão. Epitáfio Pessoa e sua cúpula não pleitava acordos. Os problemas eram resolvidos com o uso da força.

E até quando essa situação foi sustentada? Como poderia sobreviver um país onde não há políticas que beneficiem campo e cidade, trabalhadores rurais e urbanos? No período que compreendeu a República Velha, a situação durou até o fim: é em 1930 que Getúlio Vargas emcabeça a Revolução de 30 e altera o esquema político. Mas isso não siginifica que a partir de então tudo seria diferente. Getúlio, assim como todos os seus aliados e opositores pertenciam ao mesmo grupo de origem: a elite brasileira. E como era de se esperar, suas posturas foram semelhantes. A era Vargas promoveu mudanças necessárias no país mas não as fez por glória; as fez para dar continuidade a um sistema que ainda iria beneficiar poucos e esquecer-se de muitos.

Sobre a História das coisas e uma explicação

Acho que todos que leem este blog já sabem que pleito a profissão de historiadora.
Pleito porque apesar de estar em um curso de, como diria Caetano, ou não.
Enfim, reflexões a parte, fato é que este post e o que o segue vão conter um papo mais cabeça, um tipo de conversa mais direcionada sobre o que eu estudo.

Neste post vou falar um pouco sobre a República Velha no Brasil e seus pontos mais consideráveis. Claro que por ser uma conversa informal, ela não tem todas as abordagens ou correntes historiográficas. É apenas um "para saber mais" que vou compartilhar com vocês.

Boa leitura.
PS: vou dividir o post em duas partes.

Parte I

República velha é o termo usado para designar um período político no Brasil ocorrido entre os anos de 1889 à 1930. O termo “velho” nada tem a ver com a temporalidade (velho ou jovem) e sim com o estilo político que se adotou.

Para compreender tal estilo, se faz necessário entender o cenário político, econômico, social e ideológico que antecederam a república: o Brasil Império estava em um momento que não era mais capaz de sustentar as espectativas e interesses dos grupos dominantes. Exemplo disso se pode ver na fala dos agricultores ao dizerem que o Império não apoiava economicamente (com pedidos de empréstimos no exterior) as lavouras de café – orgulho e maior fonte de renda do país. Verdade ou não, fato era que Dom Pedro II e sua política já não garantiam o pleno funcionamento do governo.

Diante disso a necessidade de mudar o sistema foi inevitável e todos aqueles grupos que não se sentiam atendidos pelas práticas do Império (cafeicultores, comerciantes, militares) idealizaram que o regime republicano era a melhor opção para se aplicar no país – mesmo que o sentido de república fosse completamente diferente para cada um deles.

Apesar de parecer simplista, a passagem de império para república não o foi: existiam elementos que ainda sustentavam e legitimavam o império, como a escravidão e a própria figura do imperador, e que por suas razões de ser não poderiam ser mantidas. Com a queda desses elementos era mais fácil inserir outra forma de governar aquilo que era desejado por alguns e não o que era preciso por muitos. Afinal, o sistema poderia ser novo, mas a prática que o regeria seria a mesma de antes; não havia e nem houve a intenção de mudar qualquer estrutura no país, somente diminuir as distâncias entre interesses e interessados.


Assim, fica fácil analisar o porque da permanência tão curta do primeiro presidente do país – Deodoro da Fonseca. O marechal, apesar de ser o proclamador da liberdade nacional não pode compreender que era preciso também mudar de postura; sua mentalidade monárquica o levou a ser deposto em menos de 2 anos após a posse. Depois dele, vieram outros que em maior ou menor medida, conseguiam guiar os interesses econômicos brasileiros (mas não sem pormenores e ressalvas) até a grande depressão de 1930.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ainda há tempo.

Mesmo que um tempo bem curto, quase um suspiro de tempo.
Mesmo que um sopro de tempo, uma vaga lembrança daquilo que poderia ser.
Mesmo que uma batida do coração ou apenas um arrepio sutil.

Sempre há tempo para postar alguma coisa que aqueça o coração por aqui.

Links que sempre valem a visita:

Cozinha Travessa - para as mais gostosas travessuras na cozinha.

Mini Saia - para dar o melhor ângulo nas pernocas.

Bobagento - para as melhores risadas.

Jozé de Abreu
- para descançar, depois de tudo isso.


nayarac.

sábado, 4 de abril de 2009

Um pensamento que passou rápido demais

Para aumetar o tempo gasto na frente do pc, resolvi divagar pelas inumeráveis páginas da web.
Em umas delas, vi uma nóticia que falava sobre a gravação do primeiro DVD solo de Marcelo Camelo que teve a participação de Mallu Magalhães.

Ok, Ok. Gostos musicais a parte (não estou aqui
hoje para falar da música deles), o que me fez escrever foi a foto que ilustrava a matéria.

Devido a toda carga preconceituosa que carregamos, a primeira coisa a se pensar é "o que passa na cabeça de uma mãe que deixa sua filha namorar um cara com o dobro da idade dela?".

Confesso: também já pensei isso e muitas outras coisas até menos conservadoras. Mas o fato é que pensei.
Seria mentira dizer o contrário e eu não sou fã de mentiras.

Só que o que realmente precisava pensar eu não pensei: e se eles se gostam? E se for bonito de verdade? E o que tem uma menina namorar um cara com o dobro da idade dela?

A resposta para a última pergunta é nada. Afinal, o sentimento burguês já está fora de moda: vamos voltar a amar aquilo que queremos e pronto.

PS: a motivação para o post veio da beleza da foto de Genilson Coutinho/V
C no G1




quarta-feira, 1 de abril de 2009

1° de Abril

1º. Yes, We Can (Sim, nós podemos).
2º. A conexão caiu.
3º. Trabalhe em casa e fique rico.
4º. Ausente no MSN.
5º. A bateria do celular descarregou.
6º. Experimenta sem compromisso.
7º. Parcelado dá o mesmo preço à vista.
8º. Download apenas para uso pessoal.
9º. Fique rico indicando pessoas.
10º. Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.


Texto auto-explicativo.
Diretamente da terra do Lista 10.

nayarac.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tu aire

Uma das coisas que mais me encanta no mundo virtual é como ele pode (sem maiores problemas ou dores de cabeça) transformar uma coisa óbvia em uma outra completamente maravilhosa.

Afinal, o que tem de novidade em ouvir uma música? Em um desenho? Em desenhar ouvindo música? Nada, eu sei.

Me explica isso então.

nayarac.

terça-feira, 24 de março de 2009

Uma bruxa, uma princesa, uma diva, que beleza!


Este é mais um daqueles post sobre os divos e divas que eu encontro na net. Hoje, a diva em questão é diva mesmo. Ou bruxa. Ou princesa. Escolha o que quiser!!

Ouvi falar de Ana Cañas a primeria vez em um boletim cultural mais que ótimo, o B-coolt (ps: assinem!!). A curiosidade foi enorme e a primeira vista. E ela só aumentou com a chamda do Som Brasil Cazuza onde a moça era uma das intérpretes que participariam.

Dito e feito: foi assistir o programa e virar fã de carteirtinha. Afinal, como não ser? A moça é linda, tem uma voz mais linda ainda e, como se já não fosse bom o suficiente, ainda tem o Chico Buarque como fã e amigo no MySpace (lol).


Então, ouçam. Mas ouçam muito, até os ouvidos doerem.
Ana (olha eu de íntima!) canta com a ânsia de quem quer viver, com a profundidade de um beijo, com a fragilidade de uma beleza passageira. É lindo demais.

Para conhecer mais,
vai aqui .
Para ouvir,
vem aqui.
Para amar, é só começar. =)


nayarac.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Para as conversas que, inevitavelmente, temos.

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nois
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus...

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração...

E se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Eu tenho que subir aos céus
Sem cordas prá segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar!

terça-feira, 3 de março de 2009

Para a cunhada e todas as calorias do mundo

Bem, este post começa do fim, ou seja, da justificativa: eu acredito que cozinhar é mágico.

Ok, lavar a louça, tipo barriga na pia não tem nada de charmoso. Mas cozinhar é como um fetiche para mim.
Diante dessa paixão, mas da (quase) incapacidade culinária que nasceu comigo, as vezes eu me aventuro na cozinha e até que consigo resultados comíveis. Diria melhor: beeeeem comíveis.

O fato é que no último sábado (07/03) a minha aventura rendeu algo surpreendente. (ok, alguém jé deve ter feito essa receita, mas não era o meu caso!!) Diante da maravilha alcançada, dedido o primeiro post culinário desse blog a amantíssima cunhada.

Macarrão ao molho de abobrinha

Ingredientes:

macarrão (o tanto da sua fome... eu usei o espaguethi, mas funciona com qualquer um)
1 lata de sardinha (aquela que todo mundo tem)
1 lata de ervilha (pode ser um pouco menos do que uma lata)
1/2 abobrinha ralada (aquela verde, tipo essa)
1 lata de creme de leite
1 colher de farinha de trigo
água
sal, tempero baiano, orégano e outras coisas temperísticas que você gostar.

Modo de preparo:

Coloque o macarrão para cozinhar. Em uma frigideira, coloque um pouco de manteiga e, depois que derreter, a sardinha picadinha. Assim que a sardinha estiver douradinha acrescente a abobrinha ralada (ralo grosso). Vá adicionando água aos poucos, de modo que ela "cozinhe". Adicione os temperos que gostar e a ervilha. Em um copo americano de água coloque a colher de farinha de trigo e dilua bem. Despeje na panela e mexa, incorporando o liquido aos ingredientes. Acerte o sabor e coloque o creme de leite (sim, o molho fica verde).
Deseje sobre o macarrão e bonapeite!!


A hora (não a da estrela).

é....chegou aquela hora que a gente tanto esperou.
Mesmo sem acreditar muito, ela está aqui e não se pode fazer muitas outras opções além daquelas já tão ensaiadas e planejadas.
Mas mesmo assim dá um medo....
aquele medo de mansinho, de vagarinho, que a gente tem de ser tudo um sonho novamente.
De não conseguir, mesmo depois de ter ido tão longe.
O que nos resta então? só dar vários beliscões de realidade nos braços, pernas, rosto para ter (mais uma) certeza de que nem o céu é limite pra nós.
Nem as palavras mais bonitas de sorte e sucesso não precisam ser ditas para você.
Você já tem elas gravadas em seu destino. Então me faça o favor de persegui-las incansavelmente com todo o carisma, talendo e dedicação que você tem.
Abrace a vida nova que estas ganhando. Saiba crescer e melhorar com cada pedacinho de tudo e todos que vão ser parte da sua nova realidade. O passado e o futuro são bons só para sonhar; o que conta mesmo é o presente.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Passado, presente e futuro.

Responda a questão
que aflinge meu coração!
Não se irrite, mas me dê seu palpite:
O que somos afinal: um belo casal?
Namorados, ficantes, ou apenas amantes?

Sim...amantes
não do amor eterno e tal,
mas também não de carnaval.
Do tipo futebol?! melhor ser de por do sol.

Amantes do mesmo crime
ou outro que rime.
Amantes de beijos e carícias
e todas essas delícias.

Amantes da juventude, do agora
amantes de toda hora;
porque o futuro não sei dizer:
só pagando pra ver.

Depois dessa proposta, dê sua resposta!
Mas não me faça sofrer: e aí?! meu amante você quer ser?


Escrito pessoal encontrado em meio a uma infinidades de bagunças, papeis e lembranças. É lindo poder ter um passado para voltar, um presente vivo e um futuro a espera.


nayarac.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Os musos - parte I. Estrelando Luli Radfahrer

Uma das coisas mais legais que a internet oferece é a oportunidade de conhecer (mesmo que de mentirinha) pessoas tão inspiradoras e bacanas como a gente nunca pensou que fosse possível.
Isso acontece muito comigo e acredito que, de alguma forma, acontece com todos também. Só o fato de mudar (mesmo que só um pouquinho) nosso jeito de pensar depois do primeiro www, já vale.

Vou (tentar) escrever uma série de post's falando sobre esses musos e musas que a net cria e mata ao mesmo tempo (não necessariamente nessa ordem); sobre como eles mudam a minha vida e porque eu A-D-O-R-O cada um deles. Bem, é isso!!

O muso de hoje é alguém que eu já conheci no mundo offline (só vi). O cara representa simplemente tudo o que eu quero ser quando crescer. Mais do que admirar, Luli Radfahrer é uma espécie de "guru profissional" para mim. E por que isso? O que ele fala é bom, o que ele linka é pertinente, o que ele escreve é sensacional.

Ler, saber, ouvir Luli Radfahrer é sinônimo de profissionalismo e sucesso. Não tem como negar.


Pode parecer um post bajulador, mas quem conhece o grande homem que ele é sabe que essas palavras ainda são poucas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Solução?!


Fazendo um paralelo bem estranho com o post sobre as coisas que nos fazem tanta falta pra mudar o mundo, encontrei uma ilustração que, de certa forma, faz sua parte para a grande mudança rolar mais rápido. Será que pega??

Encontrado aqui.

nayarac.

Link do bom: Embalagens super legais

Acredito que pelo menos 80% das pessoas que trabalham ou curtem design AMAM embalagens legais. Diante disso, não pensei duas vezes quando vi esse blog e sua listinha básica de produtos embalados com muito estilo.
Confere aqui!



nayarac.

Persistência

Passadas as nuvens cinzas do meu olhar, descubro assustada uma verdade inconveniente (não o filme) sobre mim.
Sou uma apaixonada por tudo;
pelas pessoas;
pelos animais;
pelas músicas;
pelas dores;
pelos amores;
pelas efemeridades;
pelas particularidades;
pelas amizades.
É por essa paixão que eu derreto, que viajo sem sair do lugar.
Uso as palavras do muso para ir além de tudo o que conheço e viver dessa paixão louca e demasiada.

Mais um daqueles web-desabafos. Só que desta vez mais fofo do que triste.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Não se justifica.

Gostaria de poder dizer que a justificativa ai de cima era aquela que se aplica a textos digitalizados. Pena que não. Este post será um web-desabafo: uma tentativa pequena e sem efeito de vomitar o que me faz tão mal.
Desde que meu cérebro passou a desempenhar funções além daquelas de sobrevivência (quando eu pensei pela primeira vez...) não consigo entender as injustiças. Não mesmo. (OK, esse texto não vai falar sobre a fome da África, que é uma enorme injustiça. Ele é um pouco mais pessoal.)
Quero falar da injustiça que é cometida pela falta de compreensão, pela falta de carinho, de força de vontade em ser melhor. Daquelas injustiças que matam no trânsito, que omitem e esquecem, daquelas que acabam com qualquer coisa que tenhamos de bom.
Daquela que consegue te deixar doente.
...
Não gosto de viver em um mundo assim, com pessoas assim. Então, (ludicamente) levanto todos os dias e penso em como posso ser mais agradável, mais amorosa, mas cuidadosa para mim e para os outros que dividem comigo o ar, a comida, a vida. Mas nem sempre funciona só com a minha boa vontade. Precisa mais...
Precisa mais do que querer para viver bem: precisa se empenhar nessa tarefa (tão ingrata); precisa se analisar o tempo todo; se corrigir. Tem que fazer da vontade, ação!
Não consigo mais viver com todo esse descaso, toda essa insensibilidade, toda essa frustração.



Mesmo que essas palavras não mudem nada em minha volta, sinto-me um pouco menos pesada por tirá-las do meu coração. Por pior que eu seja (e, as vezes sou mesmo ruim) não mereço (como ninguém no mundo) esse desafeto, essa tristeza, essa desilusão.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Parte VI - Considerações Finais

Parte VI - Considerações Finais

O que fica de legado do Correio Braziliense é a riqueza de detalhes oferecida em cada exemplar. Tão abundantes suas descrições que é quase possível vivenciar o momento relatado. Sobre o redator, fica a coragem de publicar um jornal em outro país, com apenas dois funcionários: um responsável pela impressão e outro pelo empacotamento; todo o trabalho autoral era de Hipólito. Fica também a perseverança de publicar por 14 anos consecutivos e ininterruptos, mesmo sem
saber ao certo o número e o tipo de leitores que ele atingia, mantendo mesma qualidade e
fidelidade tanto no visual quanto no informativo, desde o primeiro exemplar.

A fartura de informações que Hipólito deixou para a História e para o Jornalismo é enorme. Não faz diferença se ele foi ou não o primeiro a escrever para e do Brasil. O que contou é a
importância que ele deu ao conceito de jornal – buscar formar opiniões, usar fontes seguras e manter o mesmo zelo por toda sua jornada.



Bibliografia:

1 LUSTOSA, Isabel. O nascimento da Imprensa brasileira. 1. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003

2 SODRE, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. 4 ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.

3 MOREL, M. .Os primeiros passos da palavra impressa. In: Martins, Ana Luiza; Luca, Tania Regina De.. (Org.). História da Imprensa no Brasil. 1 ed. São Paulo: Contexto, 2008, v. 1, p. 23-44.

LUSTOSA, Isabel (Org.) ; DINES, Alberto (Org.) . Hipólito da Costa e o Correio Braziliense. São Paulo - Brasília: Imprensa oficial do Estado de São Paulo - Correio Brazilense, 2003


Gentil orientação de
Ms. Carlos Eduardo Marota Petters