quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A vanguarda do gato

O título original desse post era algo como "minha lista para o papai noel", mas hoje, em uma conversa muito esclarecedora com o gato Nino, decidi trocar o nome.

Apesar da relativa distância entre minha promessa de escrever semanalmente aqui e a realidade das coisas, cá estou. Cansada, olhos-panda, sobrevivente de um TCC e de uma meia semana de provas finais; cá estou.

Mas esse é um espaço de alegria e, sendo assim, quero falar de algumas coisas boas que rolaram nesses últimos dias.

A primeira delas (não na ordem dos acontecimentos) foi uma pequena (mas muito, muito, muito fofinha) compra de makes. O legal nem é a compra em si, mas o carinho que recebi de bloqueiras fofas, lindas e suuuuper simpáticas. Me senti cheia de amigas maravilhosas! Tipo, A-M-E-I-!

A compra não era para ser assim como foi (conto isso depois...) mas acabou sendo melhor do que eu esperava. Não chegou nada ainda (comprei um kit de pincéis da EcoTools e pedi umas amostras de pigmentos da MAC) e, para provar que sou boa leitora e medrosa compradora, perguntei para as queridas do Coisas de Divas, MAKEUPalooza e Cruelty Free Makeup sobre os produtos, visto que havia post's sobre os respectivos produtos nesses espaços lindos.

E, foi me sentindo a íntima, que recebi as respostas carinhosas e prestativas. Sabe, para quem é baby nesse mundo de makes como eu, qualquer detalhezinho nos deixa derretendo. Parece que de uma hora para outra viramos as melhores amigas (coisa de doido isso, mas o sentimento é real).
Quero dizer aqui, na minha casinha, o quanto fiquei feliz com a atenção de vocês: Sá, Juliana, Milena e Renata. Beijos! beijos! beijos!

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Outra coisa boa pra contar é sobre o famigerado TCC. De alguma forma, posso dizer que acabou. Foi infinitas vezes mais difícil do que eu imaginei que fosse. Não é exagero, é verdade de quem precisa fazer alguma coisa além. Não sei bem se isso me ajuda ou atrapalha, mas ultimamente só me encontro fazendo coisas muito além de mim. Acho que mereço um parabéns!!

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E como esse post era pra falar de coisas que entraram para a lista de natal feliz e consumista, porque não fazê-lo?
Apesar de gostar muito, muito, muito de comprar, só sonho com coisas de realmente cabem no bolso universitário. Afinal, já basta a ânsia de consumir, já pensou se essa ânsia for ainda maior pelo não consumir? lol

Saca a listinha virtual dos mimozinhos:



Corretivo da Yes! - a saga do corretivo, vocês entendem...(a foto é da Marina do 2Beauty, que aliás fez uma resenha incrível sobre ele);

Tachas: porque eu ainda não tive meu momento Rock (foto de alynejs.wordpress.com/);

Linha Milk do Boticário: sem explicações, embalagens me compram! ( fotos de planetagloss.blogspot.com e vaidosaetodaprosa.blogspot.com);

Pérolas da Avon: mesmo que muitas meninas digam que não é grande coisa, essas bolinhas me arrancam suspiros. (foto de passaneura.com);

Regata cinza: de repente, não mais que de repente, foi uma vontade. (foto de osmeusbricolages.blogspot.com);

Sapatilha nude: porque esse sempre foi o segredo das pernas curtas!! (foto de elle.abril.com.br);

Kit açaí da Natura Ecos: você já cheirou isso? (foto de madameglamour.com.br);

Linha Impala Verão: só na minha cidade que não tem. (foto de paponadacabeca.blogspot.com);

Sapatonline: eu me recuso a explicar qualquer coisa diante dessas imagens (fotos do site: sapatonline.com.br).

Bem, é isso.
Papai Noel se quiser pode me dar tudo ai de cima!!

Bjos e até mais!!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O lado de cá.

Porque há dores que nunca passam.

Eu sempre achei que essa era a real vontade dele. Depois de tantas idas e vindas de uma vida sem muitas explicações, eu achava verdadeiramente, que ele desejava esse descanso.
Não que ele ansiasse por isso, mas fato é que as dores dele também pesavam. E pesavam muito; eram nítidas demais para não enxergarmos.
Por conta disso, nossa vida foi, de certa forma, dedicada a tornar a dele mais leve, menos penosa.

Eu cresci no mundo que ele me contava, com voz rouca e quase sem rodeios. Era simplista, com toda elegância e complexidade que essa palavra contém.
Era rude também, mas não por preferir ser assim. Era, mais do que qualquer outro adjetivo que se possa dar, um humano.

A generosidade em compartilhar seu olhar vago, sua mão enrugada, sua risada frouxa foi enorme; me garantiram uma vida de felicidade plena, contagiante, inexplicável.
Tive, como poucos puderam ter, a alegria, a oportunidade, a dádiva de chamar alguém de avô.

O avô, que era figura pontual na família, se foi há tempos. Mais do que eu gostaria, mais do que eu imaginava.
E mesmo assim, essa ausência continua.

Imaginei que o tempo me ajudaria a lembrar de sua figura mais brandamente, com menos daquela angústia da hora da sua perda, mas isso é só ilusão. Tudo ainda está aqui.

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O pai da minha mãe foi também o meu pai. Foi também criança com eu, foi também o pai que meu pai perdeu muito cedo. O amigo dos amigos, a figura cativante da família, a presença sempre requerida, a pessoa certa na História errada.
Desisti de tentar torná-lo uma lembrança, uma passagem feliz e só.
Desisti de me imaginar sem esse pedaço, sem esses momentos de saudade eterna.

A dor não é da partida, é da certeza do nunca mais.

Nayarac.