quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sem demora, por favor.

"Sempre achei graça dos dedos de uma amiga - eles eram torto. Até que um dia olhei minha mão e vi que os meus são bem mais que os dela."

É quase sempre a mesma coisa, o mesmo percurso que se segue para chegar naquele fim. E quando se fala em fim, logo se lembra do recomeço, da oportunidade que move o mundo. E recomeçar, na contagem maluca do nosso tempo "calendarístico", está mais para um enorme dejavù do que para um novo início mesmo.

Uma pena, eu acho.

Pensando em escrever esse post, me lembrei de anotar quais eram meus desejos para esse final de 2009. Coisas que eu gostaria que entrassem comigo em 2010 e me fizessem uma pessoa mais fashion ou talvez maquiada ou ainda mais organizada. Apêndices, coisas para acompanhar o produto.

Me dei conta, então, de que tudo isso só entra na lista para compor o por fora, o que se vê. Afinal, não tinha wish list para quem eu quero ser no ano que vem. E pensando em uma, imaginei que seria bom se eu pudesse me controlar mais. Em todos os bons sentidos que o controle possa ter: dinheiro, consumo, comida, tristeza, chateação.
Sem um bom auto-controle (ainda é assim que escreve?!?!) é difícil ser feliz; tudo acaba te atingindo e você fica cada vez mais distante de ser "comandante da sua vida".

Acho que também vou pedir um pouco de tolerância para mim. Sei que as vezes tolerar o outro resulta em algo mais do que respeito, mas quando se trata de você mesmo, é fundamental insistir mais. 2009 foi ano ingrato comigo: tive que ser mais do que eu queria, mais até do que eu estava preparada para ser e isso, nessa pseudo contagem, deu resultado negativo. Fiquei mais tempo fora do que dentro, mais tempo sendo outras do que sendo eu. E dói não ser você.

Ser, cada dia mais, o tipo de pessoa que eu gostaria de conviver. Porque não tem nada mais chato do que ser exatamente aquilo que você detesta, ah! não tem mesmo.
Muitos foram os momentos nesse quase moribundo 2009 que convivi com gente "assim-assim". E puxa!!, foi sofrível pra caramba! Gente que fala sem necessidade, que se exibe sem necessidade; gente que exagera do incomodar nosso de cada dia.

Se houve um lado legal nisso, foi o de descobrir nos último minutos, que você não precisa mostrar tudo o que sabe. Muito bem lembrado para mim, obrigada!!

E no resumo, gostaria de sorrir mais em 2010. Cada dia um pouco, cada dia mais sincero.

nayarac.