terça-feira, 26 de junho de 2012

Boka Loca

Admito que existe em mim uma compulsão nada normal por compras. Não que isso represente alguma loucura, mas é fato que alguns itens tem brilho especial no meu coração.
Um desses itens é baton. Não que eu tenha muitos, mas isso se deve mais pelo mínimo controle que ainda existe em mim do que por qualquer outra coisa.

Assim, diante de alguns posts que vi pelos blogs queridos, quis fazer uma graça e catalogar os meus batons. Também foi uma tentativa de variar o make do dia a dia e me forçar a usar todos os bonitos. 

Não tem muito o que dizer sobre cada um; as escolhas foram feitas pelas resenhas das meninas mais sabidas de todas da net, como a Anninha, a Julia, a Ana, as Divas, a Claudinha, a Marina e algumas outras, que me fazem ficar com a carteira mais vazia e a penteadeira mais recheada. 


Algumas fotinhas ficaram estilo ~vergolha alheia~, mas tudo bem. Publiquei todas primeiramente no meu tumblr e a ideia já era colocar aqui também, pra servir como referência pra quem quiser comprar alguma cor igual.

Bem, é isso. Todos os batons foram aplicados diretamente da bala na boca, sem anular a cor natural dos meus lábios.  Qualquer dúvida, só perguntar.

Beijos!! (lol)

nayarac.


Update (10/08/12): Ganhei um lip pencil ontem e comprei mais uma cor. Seguem os links! Bloom, da Nyx e Teddy Bear, da Maybelline.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Nenhum título cabe aqui.

"Ainda que eu falasse a língua dos homens e a língua dos anjos, sem o amor eu nada seria."

Normalmente, eu começo sempre meus textos com o título. De nada adiantou a professora de línguas dizer a vida inteira que o título deveria ser o último a ser colocado; eu sempre comecei a escrever por ele. Era o título que sintetizava minha ideia, condensava meu sentimento por aquilo que eu escreveria.

Mas dessa vez não vai ser assim. Eu não sei como resumir em uma ideia ou frase ou palavra o que vou escrever, nessa memória virtual. Não sei como começar, nem ao menos qual é o sentimento predominante dessa experiência que relato.

Talvez seja justo dizer que um sonho, quando realizado, se torna mais sonho ainda do que era antes. Porque fica aquela sensação do etéreo, aquele gosto na boca duvidando se foi mesmo verdade aquele fato. Eu estou assim, nesses últimos tempos.
Pensando no que vivi, tenho a impressão de talvez nada tenha sido real. Ou real demais, quase trivial, passando desapercebido na repetição das minhas lembranças.

Mas não. Não foi nada trivial.

Fui a um show, o Tributo à Legião Urbana, uma das bandas mais lembradas e comentadas e cantadas nas aulas de violão aqui do Brasil, de todos os tempos. E não entra aqui méritos ou não musicais, apenas a devoção cega e total da minha pessoa. E de todas as outras 6.999 mil que estavam lá no Espaço das Américas dia 30 de maio. E também das outras que não estavam lá de corpo presente mas de coração e alma.

Engraçado que eu já fui em alguns shows, mas nenhum tinha o que teve naquele dia. Não eram fãs esperando uma banda. Não eram pessoas esperando ouvir músicas legais ou se divertir por algumas horas. Não era um evento social. Era uma reunião de pessoas cantando os trechos de suas vidas, transformados em músicas. Era uma multidão de corações partidos - e ainda alguns por partir, vide a grávida do meu lado na pista. Era um bando de gente chorando a falta daquilo que ninguém sabia o que era. Era um coral cantando as canções mais verdadeiras que eles podiam cantar.

Todo mundo era estranho e conhecido ao mesmo tempo, porque todos estavam ali tentando resgatar um pouquinho daquelas coisas lindas cantadas por eles e pelo Renato. Todo mundo indo ao delírio com qualquer palavra dita por aqueles músicos, tão divinizados por nós naquela noite. 

Não era um show racional. Ninguém ali queria saber de afinação, de coerência musical, de notas corretas. Ninguém ali queria julgar nada. Todos só queríamos viver aquele momento tão especial, tão esperado por tantos anos. Queríamos cantar nossas canções prediletas, ouvir nossos ídolos, chorar com cada nota que saída da boca e dos instrumentos deles. Queríamos delirar naquela noite.

E deliramos. O show foi uma comoção, um delírio geral. Um tipo de transe contagioso pairou sob nossas cabeças naquelas quase duas horas e meia de músicas.

Foi uma experiência muito mais linda do que eu sou capaz de escrever. Porque não foram "só" músicas. Cada música cantada era um jura, uma promessa feita a nós mesmos de amor, comprometimento, de fidelidade. Cantar era prometer que jamais esqueceremos daquele sentimento vivido ali.

Ser fã da legião urbana - tudo o que ela significa, não somente a banda - é selar um compromisso com tudo o que existe de mais verdadeiro e honesto em nós mesmos. 


No final de tudo, quando as luzes se acenderam e a multidão foi saindo ao som de Por enquanto, caminhando devagar a meia luz, eu percebi que a fé movia aquelas pessoas. Todas ali, balbuciando aquelas palavras, indo de volta pra casa com um pouco mais de esperança, de amor, de respeito. Religião urbana nunca fez tanto sentido.

Posso parecer demasiada nesse relato. Mas não poderia ser diferente. Não seria eu se não fosse assim. 

Afinal, a riqueza que nós temos ninguém consegue perceber.
Quase ninguém, eu diria. 

nayarac.

PS: o show que eu fui está disponível aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Cfd0iQXcNqE&feature=results_video&playnext=1&list=PLD66072B0D9F660B8

terça-feira, 12 de junho de 2012

a Espera.

Para Alexandre Bini

esperar | v. intr. | v. tr.
1. Estar à espera; ficar esperando.

v. tr.

2. Ter esperança ou esperanças.

3. Contar com.

4. Aguardar.
5. Armar emboscada ou espera a.
6. Conjecturar, supor.
7. [Brasil]  Aparar um golpe; pôr-se em guarda.


Tem dias que a gente acorda mais cedo. Em outros, a gente se esforça pra não dormir o dia todo.
Tem dia que dá vontade de comer tudo o que se encontra num raio de 5 km. Tem dias que só a luz do sol basta.
Namorar é mais ou menos assim, uma coisa louca. É uma coisa, um estado de espírito, um comprometimento com o irreal. É uma coisa bem maluca, no fim das contas.

Pra mim - e não há meias palavras aqui - namorar é insistir no erro. Insistir pra aquilo que não pode funcionar, que não pode ser duradouro. 

Naquilo que não tem sentido.

Porque namorar, não faz o menor sentido mesmo. Namorar não é um vínculo eterno que te une a alguém. Namorar é efêmero.

Afinal, porque querer dividir a cama, se ela pode ser só sua? Comer só metade do tablete de chocolate, ouvir músicas que você nem gosta tanto, fazer coisas que você nem quer tanto.
Qual o sentido existe em esperar alguém chegar pro jantar, mesmo que ele se resuma a macarrão instantâneo? 

Gosto de pensar que a graça esteja na espera em si. A espera de que um abraço seja suficiente pra resolver os problemas do trabalho; de que um beijo possa resolver uma mágoa; de que um jantar a dois possa selar um compromisso que só existe na ilusão. 

Namorar é esperar ser o suficiente pra alguém. Esperar que alguém seja o suficiente pra gente; para nossas dores, para nossas alegrias. 

Você pode ter sorte de namorar quem você ama, mas pode acontecer de não ser essa a ordem dos fatos. Pode ter sorte de namorar quem te faz rir, quem preenche aquele vazio que pra 93% da população só brigadeiro resolve. Pode acontecer de você namorar alguém que é legal somente 67% do tempo.

Mas pode ser que você namore alguém - como acontece comigo - que é meio desajeitado nesse lance de namorar. Alguém que aja mais no improviso do que na consciência. Alguém que nem sempre consegue ser o suficiente, mas que sempre tenta de novo no dia seguinte.

Namorar é test drive social dos relacionamentos. É fazer tudo certo pra ter certeza de que aquela escolha também vai ser a certa, mesmo sabendo que não existe nenhuma certeza nisso. Mas mesmo assim a gente tenta. Porque, assim como no meu namoro, se não foi hoje, pode ser que amanhã seja o suficiente. E eu espero que sim.


nayarac.