segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não sei dizer.

"...eu tive um sonho que minha vida seria
Tão diferente deste inferno que eu vivo..."

Pode ser só pela insistência. Pode ser também pela beleza.
No fundo, não importa. Este blog aqui aceita, mesmo sem motivos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

E mais ainda - parte II

Dentro desse vai-e-vem de governos particulares, houve a presença de personagens da História política que merecem um olhar mais aprofundado. Dentre eles, os coronéis que, com origem na antiga Guarda Nacional, souberam estabelecer uma teia de poder no interior dos estados no Nordeste quase impenetrável, que dificultava a penetração da nova ordem. Assim, os primeiros anos da república foram pensados para definir o que ela seria. A “consolidação republicana” de Prudente de Morais e continuada por Campo Salles é exemplo.

O que esses presidentes fizeram foi organizar a sociedade (leia-se os grupos que tencionavam tomar o poder) de uma maneira que beneficiasse o principal produto da nação: o café. Pensando nisso, foi criada uma aliança política chamada de Política dos Governadores, onde todos os menbros filiados ao PR (partido republicano) tinham seu quinhão de poder e podiam – todos juntos – dirijir a política nacional para seus interesses. Tão bem pensado e arquitetado o esquema político feito por Salles que ele só veio a baixo depois de muitos anos.

Mas o que tanto era preciso fazer para que o café lucrasse? Para isso, quase nada. Afinal o protudo era a “galinha dos ovos de ouro” da época: sua aceitação no mercado europeu e principalmente norte-americano sempre teve grande êxito. O que se pretendia era uma política interna que supervalorisasse o produto, de modo a deixá-lo valendo muito mais do que de fato valia. Ferrovias, taxas cambiais diferenciadas, garantia de compra pelo Estado da produção não vendida, entre outras medidas foram adotadas para assegurar o café; quanto mais se aplicava nesse sentido, maior era o ganho. Contudo, essa política não pode ser mantida para sempre e quando ela começa a ruir, não há mais salvação para a economia brasileira: afinal o Estado que tanto investiu na cultura do café “esqueceu” de investir em outros meios que pudessem lhe sustentar se o precioso grão faltasse. E foi o que aconteceu, quando acontece a 1ª Guerra Mundial, ele faltou.

Faltou porque em período de guerra todas as econonias se voltam para dentro, seja na produção bélica ou de alimentos de subsistência (no caso, no período de pós guerra). E o café, apesar de muito bem aceito não se enquadra em nenhum dos dois casos – não é bélico nem de primeira necessidade. É assim que seu comércio entra em declínio.

Entre uma e outra tentativa de salvar a economia, que até então é majoriatariamente agrícola, aparecem os primeiros passos do processo de industrialização do país. A grande e ainda crescente massa de imigrantes que há tempos vem para o Brasil (desde o fim da escravidão) já não encontra mais abrigo no campo e parte para as cidades, onde as fábricas podem acolher a todos. Todos não, preferencialmente aqueles que já possuem o conceito capitalista de produção em mente: os imigrantes europeus são absorvidos mais rápido por essas crescentes indústrias.

Rápida também é a dissiminação das ideias políticas do operariado europeu. Sua alta condição politizada faz repercurtir uma situação incômoda há muito tempo pela população urbana brasileira: desde sempre os investimentos foram direcionados para o campo e a cidade não possuia as menores condições de crescimento, muito menos de suportar a onda de novos moradores. Era preciso fazer algo rápido e antes que outros o façam.

A falta de condições urbana, de leis regulamentadoras para o trabalho, os baixos salários, crescente insatisfação e a total desatenção do governo para esses problemas geravam um mal-estar na sociedade brasileira. Principalmente na sociedade paulista que, em 1917 – ano da principal greve da História, tinha cerca de 15.000 operários. Com um contingente desse era improvável que o Estado os ignorassem, mas era o que acontecia: a única relação que o presidente tinha com essa parcela da população era a repressão. Epitáfio Pessoa e sua cúpula não pleitava acordos. Os problemas eram resolvidos com o uso da força.

E até quando essa situação foi sustentada? Como poderia sobreviver um país onde não há políticas que beneficiem campo e cidade, trabalhadores rurais e urbanos? No período que compreendeu a República Velha, a situação durou até o fim: é em 1930 que Getúlio Vargas emcabeça a Revolução de 30 e altera o esquema político. Mas isso não siginifica que a partir de então tudo seria diferente. Getúlio, assim como todos os seus aliados e opositores pertenciam ao mesmo grupo de origem: a elite brasileira. E como era de se esperar, suas posturas foram semelhantes. A era Vargas promoveu mudanças necessárias no país mas não as fez por glória; as fez para dar continuidade a um sistema que ainda iria beneficiar poucos e esquecer-se de muitos.

Sobre a História das coisas e uma explicação

Acho que todos que leem este blog já sabem que pleito a profissão de historiadora.
Pleito porque apesar de estar em um curso de, como diria Caetano, ou não.
Enfim, reflexões a parte, fato é que este post e o que o segue vão conter um papo mais cabeça, um tipo de conversa mais direcionada sobre o que eu estudo.

Neste post vou falar um pouco sobre a República Velha no Brasil e seus pontos mais consideráveis. Claro que por ser uma conversa informal, ela não tem todas as abordagens ou correntes historiográficas. É apenas um "para saber mais" que vou compartilhar com vocês.

Boa leitura.
PS: vou dividir o post em duas partes.

Parte I

República velha é o termo usado para designar um período político no Brasil ocorrido entre os anos de 1889 à 1930. O termo “velho” nada tem a ver com a temporalidade (velho ou jovem) e sim com o estilo político que se adotou.

Para compreender tal estilo, se faz necessário entender o cenário político, econômico, social e ideológico que antecederam a república: o Brasil Império estava em um momento que não era mais capaz de sustentar as espectativas e interesses dos grupos dominantes. Exemplo disso se pode ver na fala dos agricultores ao dizerem que o Império não apoiava economicamente (com pedidos de empréstimos no exterior) as lavouras de café – orgulho e maior fonte de renda do país. Verdade ou não, fato era que Dom Pedro II e sua política já não garantiam o pleno funcionamento do governo.

Diante disso a necessidade de mudar o sistema foi inevitável e todos aqueles grupos que não se sentiam atendidos pelas práticas do Império (cafeicultores, comerciantes, militares) idealizaram que o regime republicano era a melhor opção para se aplicar no país – mesmo que o sentido de república fosse completamente diferente para cada um deles.

Apesar de parecer simplista, a passagem de império para república não o foi: existiam elementos que ainda sustentavam e legitimavam o império, como a escravidão e a própria figura do imperador, e que por suas razões de ser não poderiam ser mantidas. Com a queda desses elementos era mais fácil inserir outra forma de governar aquilo que era desejado por alguns e não o que era preciso por muitos. Afinal, o sistema poderia ser novo, mas a prática que o regeria seria a mesma de antes; não havia e nem houve a intenção de mudar qualquer estrutura no país, somente diminuir as distâncias entre interesses e interessados.


Assim, fica fácil analisar o porque da permanência tão curta do primeiro presidente do país – Deodoro da Fonseca. O marechal, apesar de ser o proclamador da liberdade nacional não pode compreender que era preciso também mudar de postura; sua mentalidade monárquica o levou a ser deposto em menos de 2 anos após a posse. Depois dele, vieram outros que em maior ou menor medida, conseguiam guiar os interesses econômicos brasileiros (mas não sem pormenores e ressalvas) até a grande depressão de 1930.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ainda há tempo.

Mesmo que um tempo bem curto, quase um suspiro de tempo.
Mesmo que um sopro de tempo, uma vaga lembrança daquilo que poderia ser.
Mesmo que uma batida do coração ou apenas um arrepio sutil.

Sempre há tempo para postar alguma coisa que aqueça o coração por aqui.

Links que sempre valem a visita:

Cozinha Travessa - para as mais gostosas travessuras na cozinha.

Mini Saia - para dar o melhor ângulo nas pernocas.

Bobagento - para as melhores risadas.

Jozé de Abreu
- para descançar, depois de tudo isso.


nayarac.

sábado, 4 de abril de 2009

Um pensamento que passou rápido demais

Para aumetar o tempo gasto na frente do pc, resolvi divagar pelas inumeráveis páginas da web.
Em umas delas, vi uma nóticia que falava sobre a gravação do primeiro DVD solo de Marcelo Camelo que teve a participação de Mallu Magalhães.

Ok, Ok. Gostos musicais a parte (não estou aqui
hoje para falar da música deles), o que me fez escrever foi a foto que ilustrava a matéria.

Devido a toda carga preconceituosa que carregamos, a primeira coisa a se pensar é "o que passa na cabeça de uma mãe que deixa sua filha namorar um cara com o dobro da idade dela?".

Confesso: também já pensei isso e muitas outras coisas até menos conservadoras. Mas o fato é que pensei.
Seria mentira dizer o contrário e eu não sou fã de mentiras.

Só que o que realmente precisava pensar eu não pensei: e se eles se gostam? E se for bonito de verdade? E o que tem uma menina namorar um cara com o dobro da idade dela?

A resposta para a última pergunta é nada. Afinal, o sentimento burguês já está fora de moda: vamos voltar a amar aquilo que queremos e pronto.

PS: a motivação para o post veio da beleza da foto de Genilson Coutinho/V
C no G1




quarta-feira, 1 de abril de 2009

1° de Abril

1º. Yes, We Can (Sim, nós podemos).
2º. A conexão caiu.
3º. Trabalhe em casa e fique rico.
4º. Ausente no MSN.
5º. A bateria do celular descarregou.
6º. Experimenta sem compromisso.
7º. Parcelado dá o mesmo preço à vista.
8º. Download apenas para uso pessoal.
9º. Fique rico indicando pessoas.
10º. Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.


Texto auto-explicativo.
Diretamente da terra do Lista 10.

nayarac.