quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Parte V - O diálogo com os outros jornais

Parte V - O diálogo com os outros jornais

O primeiro jornal impresso no Brasil foi a Gazeta do Rio de Janeiro, em 10 de Dezembro de 1808. Seus moldes eram os mesmo da sua irmã lusitana: a Gazeta de Lisboa. Surge como folha oficial do reino (e para também amenizar o efeito do Correio no país), trazia decretos e fatos relacionados a Família Real. Continha também um noticiário internacional, só que muito bem filtrado pela censura régia. Em nada sugeria o liberalismo, até 1821 quando apóia abertamente o movimento de independência. Tinha periodicidade curta, intensão informativa e não doutrinária; poucas falas e baixo custo. A Gazeta do Rio de Janeiro era mais parecida com o formato do jornal de hoje, ao passo que o Correio Braziliense assemelhava-se a uma revista mensal.

O Correio, porém, já encontrava-se inserido na leitura de alguns grupos e para combatê-lo, a coroa passa a apoiar a circulação de outros jornais (além da Gazeta), como o Malagueta, O Espelho, o Revérbero Português, entre outros.

Outra tentativa de ameniza o impacto das declarações e acusações que Hipólito fazia em seu jornal, foi a criação em 1811, do periódico “O Investigador Português”, por dois médicos lusitanos que residiam em Londres. O jornal foi totalmente financiado por Dom João, que o fez no intuito de não deixar que a voz absoluta na Europa sobre a situação brasileira fosse o Correio. Afinal, a cidade era o ponto de encontro das idéias e permitir que Hipólito “reinasse sozinho” por lá era prejudicial a sua imagem.

Alguns autores não consideram o Investigador Português e o Correio Braziliense como imprensa brasileira, uma vez que eram produzidos em Londres. Mas segundo Nelson Werneck Sodré um único fato nos obriga a fazê-lo: é o direcionamento de suas falas para o Brasil: o objetivo era atingir a população brasileira.

As proporções que o Correio toma, com o passar dos anos, são cada vez mais incômodas para o governo português e os que estavam envolvidos com ele, tanto que o embaixador português em Londres declara em cartas pessoais o enorme pesar que sentia por não poder punir Hipólito pela sua conduta, uma vez que ele era amigo íntimo do conde de Sussex, filho do rei.

Enquanto isso em Portugal, a insatisfação popular pela ausência do rei era cada vez maior. Quando a corte mudou para o Brasil, deixou o país numa situação difícil – o controle de Napoleão. Só que mesmo após sua derrota, em 1815, a submissão continua, mudando apenas o comando: agora eram as tropas inglesas que governavam. O clima de insatisfação aumenta, juntamente com as idéias de uma revolta. É dentro das sociedades secretas que os movimentos de contestação em Portugal crescem e, é de uma delas constituída de comerciantes, militares e magistrados, que parte a Revolução do Porto. Instituem um parlamento e votam a nova constituição que obriga o retorno do rei; caso contrário, ele perderia a coroa.

Com a vinda da Família Real, o Brasil tinha sido elevado a condição de metrópole e uma das exigências da nova constituição portuguesa era a volta de colônia do país. Hipólito da Costa fica decepcionado com a notícia, pois se o fato acontecesse todas as espectativas dele para o Brasil não poderiam se concretizar. E pela primeira vez em seu discurso, passa defender a independência.

Nelson Werneck Sodré2 faz uma pequena reflexão sobre o repentino apoio da elite brasileira aos jornais: antes a imprensa era temida por ter o poder de inserir elementos que contestassem o antigo regime, muito cômodo ao grupo dominante. Contudo aquelas novas regras ameaçavam demais os recentes laços econômicos. Era preciso faz algo que impedisse esse retorno e era o apoio da população que garantiria o sucesso da empreitada. Por isso se tornou preciso mobilizar a massa e, para tanto, foi necessário despertar a opinião pública, que só seria possível através da imprensa.

É então, a partir de meados de 1821 quando a corte volta a Portugal, que a Gazeta do Rio de Janeiro passa a defender o liberalismo e a modernidade política e a acompanhar de perto o processo de separação entre metrópole e colônia, posicionando-se a favor da independência, antes mesmo do Correio Braziliense. Essa largada na frente ocorre devido a diferença geográfica: o Rio de Janeiro era o cenário do movimento e Londres ficava bem longe dali.

Segundo Marco Morel, colaborador do livro História da Imprensa no Brasil3, o sentimento de Hipólito diante da possível volta a condição de colônia do Brasil era “ Império do Brasil sim, mas na galáxia portuguesa e se possível como o sol e não como mero planeta.” Para Hipólito era preciso seguir em frente e não retroceder.

O jornal que foi fundado em 1° de Junho de 1808 publica sua última edição em Novembro de 1822, após 175 exemplares editados no total. Hipólito morre em 11 de Setembro de 1823, na época como cônsul geral do Brasil em Londres (morreu sem saber da nomeação), de supostamente, infecção intestinal.

Hipólito era fruto de seu tempo e sua formação política foi resultado da influência liberal de então. Admirava a forma com os EUA administravam suas federações (apesar das guerras internas conseguiam manter uma balança comercial favorável) e o modo como o parlamentarismo funcionava na Inglaterra. Mas sua raízes estavam na elite e por conta disso só abandonou a postura monaquista no último minuto do jornal. Quando o apoio a independência acontece, a razão de ser do Correio Braziliense acaba. Ele entende que sua missão educadora para o Brasil já tinha sido concluída: já não era mais época de ensinar e sim de praticar.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parêntese

“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.” - Clarisse Lispector

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Parte IV - O Correio Braziliense e sua presença

Parte IV - O Correio Braziliense e sua presença

O nome era porque naquela época, chamavam-se :
brasileiros – comerciantes que negociavam com o Brasil;
brasilianos – os nativos em geral;
braziliense – portugueses nascidos ou estabelecidos no Brasil e que se sentiam vinculados à terra como se fosse sua verdadeira pátria.

Hipólito demonstrava querer enviar sua mensagem aos leitores do Brasil. Numa época em que o acesso a educação era restrito, a
imprensa se firmava como difusora de novas idéias. O jornalista se confundia com o educador.
O Correio Braziliense tinha o tamanho de um livro pequeno. Tinha uma capa azul escuro, era composto de vários e longos artigos com
informações analíticas e textos que, as vezes, se prolongavam por vários números seguidos. Tinha cerca de 140 páginas e era dividido
nas seções de:

  • Política,
  • Comércio e Arte,
  • Literatura e Ciência,
  • Miscelânea e, eventualmente,
  • Correspondência.

Era na parte da Miscelânea que se incluíam as “Reflexões sobre as novidades do mês” e a resenha de alguns livros com as observações pessoais de Hipólito. Foram nas páginas do Correio que, de forma organizada e consistente, apareceram seus projeto e planos para o Brasil. Por isso, tanto para a História da impressa como para a Historiografia em geral, essa é uma obra tão relevante.

A maior parte do jornal era dedicada a publicação de documentos sobres os acontecimentos mundiais, além de notícias que ele recolhia nas outras gazetas mundiais. Era o noticiário mais atualizado possível. Foi através do Correio que os brasileiros acompanharam a trajetória de Napoleão e sua derrota e a Independência das colônias espanholas na América. Suas fontes eram variadas e, as vezes, bem próximas do fato narrado: no caso das colônias americanas é bem provável que as informações fossem relatadas pelos próprios libertadores - Miranda, Bolívar, San Martin e O`Higgins - os quais se tornaram amigos de Hipólito através da maçonaria.
Mesmo cobrindo fatos internacionais, era no Brasil que estava seu interesse. Isabel Lustosa diz que o Correio Braziliense surge para informar os brasileiros do que se passava no mundo, para influir em seu espírito e direcioná-los para as idéias liberais e para chamar a atenção aos prejuízos do absolutismo ou qualquer forma de despotismo que Hipólito escrevia1. Comentava e criticava as autoridades portuguesas e seus erros administrativos, defendia substituição gradativa do trabalho escravo pelo livre (achava que a melhor forma para isso era a imigração de europeus pobres para o Brasil, mas com melhores leis - claras e eficazes - e uma menor interferência do Estado sobre as ações da sociedade). Era contra os monopólios que impediam o desenvolvimento do comércio e da indústria e a favor de uma maior transparência nas contas públicas. Apesar da postura, não era um democrata; queria reformas, sim, mas realizadas pelo governo e não pelo povo. Acreditava, como viu na Inglaterra, que a monarquia institucional era a melhor forma de governar.

Com a vinda da corte e a maior circulação de idéias, quase todas paralelas a ascensão da burguesia, as conversas políticas em relação à monarquia aumentavam. As contestações começavam a surgir e o Correio Braziliense ajudava nessa divulgação. Entre os padres do baixo clero, as idéias dos escritores europeus encontravam repercussão, tanto que um determinado bispo afirmava: “ a Revolução Republicana não é contrária ao evangelho, visto que o povo não faz parte do acordo bilateral entre metrópole e colônia”. As sociedades secretas e suas idéias se multiplicavam, apoiadas nos escritos que chegavam ao Brasil pelo Correio Braziliense.

Entre os historiadores, o Correio Braziliense causa polêmica no que diz respeito a sua validade e influência na mentalidade dos brasileiros. Ter sido ou não o primeiro periódico a circular no país, é outro motivo que causa controvérsias. Nelson Werneck Sodré, autor do livro História da Imprensa no Brasil2, defende a idéia de que “nada teve de extraordinário o aparecimento do Correio Braziliense, pois sua influência foi relativa na medida em que sua forma de fazer imprensa era inadequada dentro do contexto político-social que o Brasil se encontrava; era pouco lido (mais repassado de boca em boca). Quando surgem as condições adequadas para o aparecimento real da imprensa, o Correio perde sua razão de ser. A elite da qual ele fazia parte aceita a independência como solução. Por este motivo, quando se concretiza a independência o jornal deixa de circular.”

Werneck relata as duas linhas historiográficas que existem sobre o Correio: os que defendem, dizem que “apesar de não ser produzido no Brasil foi o único que conseguiu apontar falhas na administração do país” - Oliveira Lima, estudioso do período joanino. Os que contestam dizem que “ele tratou a questão dos escravos como sendo contrário a escravidão”, pondo-se contra as tendências democráticas. O que não se pode perder de vista é que Hipólito pertencente a elite e, portanto, seu pesamento se posiciona nas ações que favorecem sua condição econômica.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Correio Braziliense na imprensa do Brasil - parte III

Parte III - Formação de Hipólito da Costa

Hipólito José da Costa Mendonça Furtado, nasceu em 1764 na colônia do Sacramento, em Cisplatina. Cresceu em Pelotas, no Rio Grande do
Sul. Era de filho de uma família aristocrata e como era o costume, partiu rumo à Coimbra, para estudar. Formou-se em 1794 com 30 anos, idade
com que (também) ingressou na corte para trabalhar.

Em 1798, foi para os EUA em missão especial do governo português para colher sementes e espionar os avanços tecnológicos. Morou lá por
dois anos e conviveu em uma sociedade organizada, com universidades e um processo eleitoral “adiantado” - diferente de tudo o que conhecia.
Da América trouxe a vontade de implantar o progresso e afeição pela liberdade. Foi também nos EUA que teve seu primeiro contato com a
maçonaria – acontecimento que mudaria sua vida – cujos ritos pressupunham várias práticas, incluindo a liberdade religiosa, o que em Portugal
era proibido.Volta a Lisboa em 1800 como funcionário da Imprensa Régia: era responsável pela publicação de livros de técnica e economia.
Paralelo ao seu trabalho, se envolvia mais ainda com a maçonaria portuguesa. Uma viagem oficial a Londres, em 1802, o põe em contato com a
maçonaria inglesa (até então a mais forte do mundo) da qual eram membros os filhos do rei Jorge III e de um deles – o Conde de Sussex
(Augusto Frederico) Hipólito se tornou grande amigo.

Foi por conta dos novos contatos feitos em Londres, que logo depois de sua chegada a Portugal, é preso pelo Santo Ofício. Só consegue sua
liberdade cinco anos mais tarde, quando por interversão do Conde de Sussex, foge da prisão. Impossibilitado de permanecer em Lisboa, volta
à Londres e sobrevive com a ajuda de amigos, além de trabalhar como tradutor e professor de português.

Com a chegada da Família Real no Brasil (escapando da perseguição napoleônica aos reis) Hipólito vê a oportunidade de sua pátria conhecer
o progresso e o desenvolvimento. Desejoso de participar dessas mudanças, viu que a “criação” da palavra impressa e livre de censura, tal como
vira nos países que conhecera, seria a melhor forma de contribuir para a formação do Brasil. Observou que na Inglaterra a monarquia
constitucional era um fato; onde o Parlamento realmente limitava o poder do rei; onde a imprensa era livre. Por sua amizade com o Conde de
Sussex, sentiu-se à vontade para criticar a administração portuguesa como nenhum outro português ousaria fazer.
Foram essas possibilidades que o motivaram a publicar em Londres no dia 1º de Junho de 1808 o Correio Braziliense.

Correio Braziliense e a imprensa no Brasil - parte II

Parte II - A imprensa no contexto brasileiro

O Brasil não tinha universidade e era um dos únicos no mundo, exceto a África e a Ásia, que não produzia a palavra impressa. As poucas
tentativas esbarraram na intransigência das autoridades portuguesas.

A base econômica, o escravismo, dispensava investimentos na cultura. Antes de 1808 houveram duas tentativas de se implantar tipografias,
mas foram abafadas pela corte que temia a propagação de idéias contrárias ao regime. Isso porque neste período as idéias liberalistas
infestavam vários países como EUA e França e sendo a base política de Portugal a monarquia, não convinham facilitar a circulação de tais
idéias, uma vez que estas entravam diretamente em choque com a legitimidade dos reis. A ignorância era necessária ao colonizador.

As mudanças vieram com a chegada da Família Real que promoveu a abertura dos portos, desabrochando o comércio, entre outros benefícios.
A presença francesa no território português obrigou a criação no Brasil de fábricas de ferro, pólvora e vidro. Havia também a necessidade de
divulgar os atos do governo e notícias interessantes à colônia, daí a implantação da imprensa logo após a chegada do rei. Será nesse contexto
de transição que o Correio Braziliense aparecerá.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O primeiro artigo não se esquece.

Desenvolvi com a querida Ana e a orientação do professor (mara) Petters uma "singela" análise sobre o Correio Braziliense, o primeiro periódico que circulou no Brasil, lá em 1808.
O texto ficou longo, então vou postar em partes.
Primeiro o resumo e a introdução.
Boa leitura!!
nayarac.


O Correio Braziliense na imprensa do Brasil

Autoras
Ana Paula da Rocha Lima
Nayara Cristina Jorge

Orientador
Ms. Carlos Eduardo Marota Petters

Instituição
Centro Universitário Toledo - UniToledo



Resumo
O foco desse trabalho é mostrar como o Correio Braziliense e seu idealizador – Hipólito da Costa - marcaram o advento da imprensa no Brasil.
Para tanto, foram feitas as leituras das obras básicas sobre o tema e, destacando os elementos que permitiram dar nova abordagem aos fatos, reinterpretando-os segundo a perspectiva do impacto nacional que este jornal causou.
O que se apresentou foi o grande emaranhado político que compunha o cenário nacional daquele tempo: os impressos que veicularam no Brasil pré-independência propagavam diferentes vozes: algumas dirigidas por interesses pessoais; outras nem tanto, mas todas na intensão de influenciar os que poderiam mudar a realidade de então.


Parte I - O contexto do livro
Em Portugal do século XVI, o livro passava por três censuras: a episcopal, a da Inquisição e a Régia exercidas pelo Desembargo do Paço.Sua circulação é restrita e complicada.

Essa situação começa a mudar em fins do século XVIII, quando inicia-se um movimento de formação das bibliotecas particulares (apesar da leitura ainda ser considerada um ato criminoso). Eram os estudantes que transitavam na Europa e tinham acesso a várias obras que faziam sua
veiculação, muitas vezes de forma clandestina e perigosa. Com esta prática, o volume de livros comercializados aumenta: dentre essas, as chamadas obras heterodoxias (como Montesquieu, Coleção das Leis Constitucionais dos EUA, Voltaire, entre outros). Os pontos de encontro e saída dessas obras eram casas formadas por franceses (em sua maioria) que viviam em Lisboa. Lá, eles disponibilizavam quase todas as obras modernas da época. Houve um desses livreiros que chegou a introduzir mais de 12 mil exemplares da Constituição Francesa em Portugal, fato que ilustra como era a atuação desse grupo. Mas a maior parte do transporte de papéis, revistas e livros que circulavam no mundo era feita por marinheiros ingleses, que comercializavam no cais dos países que aportavam.

No Brasil os livros eram vistos com extrema desconfiança, só natural na mão de religiosos. Bibliotecas, apenas em mosteiros e colégios. É com a abertura dos portos, em 1808, que as mudanças começam: aumenta o volume dos livros que entravam no país, assim como a vigilância sobre eles.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Posicionamento

Bem, post rápido pra dizer que como eu quase não tenho tempo de escrever todas as coisas legais que vejo/ouço por ai, vou colocar aqui os textos que produzo na faculdade.
Alguns são só, outros com a companhia maravilhosa da queria Ana.
Perdoem os erros e espero que gostem.
História é para encantar, não se esqueçam, ok (rs)??

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Imagnes

Bem, novidade em arquivo de imagens. =D
O banco de imagens do Google ganhou um reforço de peso: o arquivo de fotos da Revista Life. As fotos, na maioria históricas, datam de 1750 e vão até os dias de hoje.
Bem bacana isso, né?

Vi lá na querida do Favoritos.
O link para a pesquisa é aqui.
Uma amostra das imagens que se pode encontrar por lá.



nayarac.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Como eu aprendi

Isto é só pra declarar minha saudade. (não me culpem por ser dessa geração da pré-escola, ok?)

C ompanhia, porque eu nunca mais me senti sozinha depois de você.
U nião, porque cunhadas unidas jamais serão vencidas.
N amorada do meu irmão (claro!!).
H umana, em todas as fraquezas e fortalezas.
A mizade que não tem preço.
D edicação em tudo e com todos.
A dmiração, desde sempre até o fim.

Era assim que as professoras ensinavam: colocando em palavras um pouco do se podemos sentir.

domingo, 19 de outubro de 2008

A minha reprodução dessa idéia.

E como não poderia deixar de ser nesses tempos tão distantes, falta a palavra certa para dizer sobre as coisas que nos dão medo e dor. Talvez em mim, mais medo do que dor, mas minha visão já não é tão limitada assim: sei que causa dor em muita gente também.
Antes, era mais fácil imaginar que eu não precisava me preocupar com esses problemas. Antes era mais simples achar que essas questões ficavam fora do meu alcançe e pronto; caso resolvido.
Mas pensar e sentir tem preço alto. Como já disse meu mais sofista amigo: os sensíveis sofrem mais.
Por Neto, do Update or Die. A minha reprodução dessa idéia.

Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em
Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se
sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o
problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em
nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Noooosa!!

Gente, fui postar e deu um pau aqui: perdi a postagem.
Nunca posto e qndo o faço, perco.
Que coisa, né??

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Monas

Todo mundo conhece a Monalisa, né?

Então, teve um pessoal que resolveu juntar várias formar do sorrisinho mais estranho de todos os tempos.

A dica foi do Favoritos e eu repasso aqui.

*****Link*****

nayarac.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Olimpíadas

E, já que eu não posso mudar isso, corroboro com sua veiculação.

De uma maneira mais suave (leia-se inteligente), faço o post em homenagem as Olimpíadas de 2008.

Uh-ru!

Link aqui para conhecer os modelos de tochas usadas em todas (quase) as edições dos jogos. Bom pra design e bom pra História.

nayarac.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mais uma da série: cunhadas, eis a questão!

Quando sua vida ficar difícil, lembre-se de que existe sempre uma cunhada para te deixar feliz!

"Só as cunhadas sabem o segredo de tostines!!!
As cunhadas também choram
As cunhadas... USURPADORAS
Chitinhadas
Cunhadas do bairro
Cunhadar
Cunhada nostra
As cutantes
Cunhdas de familia"

Essa foi a maneira que minha cunhada encontrou de cumprir seu papel: deixar meu mundo mais leve!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Saudade


Pessoal, vocês nem imaginam o que eu descobri. Lembram das famosas fitas K7? Pois é! Alguém mega nostalgico resolveu fazer essas fitinhas na web. Masssa pra caramba.

Olhem a minha seleção. Quer dizer, ouçam a minha seleção.

Bacanérrimo mesmo. =]

O link ta aqui!

Quem falou primeiro foram as meninas do Jesus de Suspensório.

=] nah

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Soma de um dia mau com um dia bom = sobrevivência

Olá meninos, meninas e trangênicos.

Ontem, no meu dia de princesa mesmo eu ia fazer um post falando sobre a importância do profissionalismo no design, sobre como essa tendência photoshopiana faz mal para o nosso meio de trabalho e tal; tinha até bons links e tudo mais. Porém, senti na pele o quanto a falta de informação (pra não chamar de ignorância mesmo) prejudica o mercado. Sabe aquela conversa de que cliente tem sempre razão? Funcionava maravilhosamente bem, na década de 50. Hoje, o cliente tem razão em cobrar, em exigir, em receber o investimento que fez. Mas não tem, nem hoje nem nunca, o direito de achar que sabe mais que o próprio profissional que ele contratou. Afianl, para receber tratamento profissional, é necessário dar tratamento profissional.

Se você trata seu cliente como um imbecil qualquer, ele também te trata assim. O que é muito triste, porque isso não atrasa só a minha vida. Não é também só a vida da minha empresa. Isso atrasa a vida do mundo, que fica cada vez mais difícil de ser melhor, para todos.

Se toda vez que você for contratar, analisar ou pesquisar um serviço, se preocupar com o mero fato de que atrás de tal serviço existe uma pessoa, como você, que valoriza tanto o trabalho dela quanto você o seu, as coisas andam melhor. O mundo corporativo ganha, as pessoas ganham e todos vamos pra frente.

Sem pretenções a exitinguir as desigualdades sociais ou coisa parecida. O que eu falo é de respeito e comunicação. Quando o cliente fala e o pretador de serviço ouve e a outra mão acontece também, todo mundo sai feliz e com o din-din no bolso, que é (ainda) a única razão que nos prende aqui.

Mas se isso não acontece, a gente - cliente e prestador - ficam cada vez mais distante do tão almejado progresso.

- - - –

Bem, eu ia dizer qualquer coisa assim ontem (só que melhor e mais esperançosa de que um dia essa jossa chamada mundo corporativo funcionasse). Mas como ontem é ontem e hoje é hoje (para a felicidade de analistas e afins) vou falar sobre os mais novos 190 bixinhos de imprimir - recortar - dobrar - colar que temos agora.

Fiquei viciada mesmo. São todos bem fofinhos e alguns bem asquerosos, mas todos muito engraçados. Vale a pena conferir. Como a pasta é mega grande, vai ficar no meu computador para exibição.

Quem quiser, é só me falar =]

Beijo para todos,

nayarac.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Para o amor, que sempre sobrevive.

Canção do meu amor que chegou - Vinícius de Morais

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim

Alegria de viver

Que alegria de viver

E de ver tanta luz, tanto azul!

Quem jamais poderia supor

Que de um mundo que era tão triste e sem cor

Brotaria essa flor inocente

Chegaria esse amor de repente

E o que era somente um vazio sem fim

Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sobre saudade

A dor que devora os corações chama-se saudade.
Não importa muito sobre o que ela é ou a forma que se apresenta a cada um.
O que quero destacar é que dói.
E dói de um jeito tão profundo, tão amargo, tão devagar que chega a deixar a garganta seca, o corpo amassado, a mente derivando.
Nessas horas, o mundo pede licença e sai debaixo de nós.
E é nesse espaço que ficamos sozinhos, abandonados por nós mesmos, esperando que a realidade volte.
Por que não se pode controlar?
Por que não podemos ter o tempo sufuciente para nos despedirmos, nos acostumarmos, aceitarmos? Por que temos que engolir essa saudade e nada mais?
É frustrante apenas lamentar, mas é somente essa frustração que sobra.
Saudade de você eu vou sentir sempre.
Sempre mesmo. Até quando a dor passar, até quando já não valer a pena lembrar.
Não importava a forma que você tinha.
Só importa a falta que você vai fazer.

nayarac.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Quanto tempo....

Prometi que não iria mais fazer isso, te deixando por tanto tempo sem minhas palavras.
Mas percebi que não sou muito boa em promessas, infelizmente....
Contudo, se servir de consolo, penso em você todos os dia.
Te adoro, blog querido!!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Um post pra falar de mim


Quando eu concebi este blog que vos fala, minha vontade era de expor nele um punhado de coisas.
Seria quase um vômito sobre tudo aquilo que me incomoda tanto na vida real.
(peço perdão pela comparação; eu não sou muito boa em comparações...)
Estranho, agora, é aceitar o fato de como é dfícil por tudo isso pra fora. Não que eu subestimasse a capacidade de transformação que o exercício da escrita nos traz, mas não imaginei que fosse tão profundo.
Já pensei em vários post para colocr aqui.
Vários sonhos, vários desejos, vários medos. Um leque de opções variadas, exibindo meus pensamentos. Porém, poucos deles sairam.
Nem os artigos de história, nem os de design, nem os de moda ou tendências, nem os de leituras ou belezas.
Os post que sairam aqui somente falavam de mim.
Falavam de como é (ou está) distorcida a lente que me faz enxergar o mundo. De como vejo enbaçado esse mundo que habito.
Preciso de óculos novos? Preciso de mais luzes para enxergar?
Acho que não.
Talvez precise de um pouco mais de magia, de coragem, de respeito.
Qualquer coisa que lembre afeto e necessidade; que me remeta a um colo, um afago que seja.
Também pensei, durante esse post, que o que eu preciso não exista: seria lamentável; porém menos doloroso.
Acima de todas essa incertezas, sobrevive intacta a minha maior necessidade: ter a coragem
...De estar aqui sempre,
...De saber onde precisam, de fato, de mim,
...De sentir que nada está sendo em vão.

É, a vida é tão rara...
e quem será que se importa?



quarta-feira, 26 de março de 2008

100 coisas que duas cunhadas pensam - mais uma da série " A Saga de duas cunhadas"

Diante de várias curiosidades a cerca do que eu e minha queridíssima cunhada falamos o dia todo, horas a fio, durante todos os dias da semana, durante todas as semanas do mês, durante todos os meses do ano e, finalmente, durante todos os anos que nos conhecemos; resolvemos, em comum acordo, que vamos expor aqui o conteúdo de nossos cérebros.
Claro, que para poupar a integridade de nossa essência cunhadística, não colocarei nomes (se bem que não será preciso em muitos casos). Fique a vontade, querido leitor para descobrir se esses pensamentos já habitaram os "cachos de suas cucas maravilhosas," em um tempo em que o amor povoava o mundo com muito mais freqüência do que hoje.
Boas risadas!! =)

"me ajuda a pensar então"
"cara, a pulga sempre se ferra"
"tem música mais ordinária do que essa?"
"heheh"
"amanhã é aniversário da minha mãe, mas eu comprei um presente pra mocinha !!!!!"
"tô com cara de quem não dorme a 30 dias"
"peida que a criatividade vem"
"eu acho que a gente deve fazer uma foto de nós duas... é sempre mais facil!! afinal somos duas gatas felpudas lindas"
"pq ele só sabe tirar foto com cara de mal, e a minha de cara gordinha..."
"antes ou depois da chapinha?"

"pronto cu, a minha caixa de msg já tá limpinha, lavadinha e cherosinha, pode mandar"
"eu só vou assistir se for: Tropa de Elite ou o filme da Gretchen senão nem vale a pena"
"tem gente que pra ser burra, tinha que fazer curso superior!!!"
"CARA, COMO EU SOU LESADA NÉ?!"
"sinto uma coisa mole gelatinosa dentro da minha cabeça"
"sei lá"
"mas o tico é mesmo uma gracinha, né?"
"eu acho que a cachorra tava drogada, não é possível"
"sabe aquela cara de cara sem cara nenhuma?"
"então cunhada, conta alguma coisa"
"então, tá tudo bem?
tá sim, tirando os problemas tá tudo bem"
"Thurbiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii"
"ô gentinha!!!"
"/tonto" - emoticon mais usando, seguido do "nnn"
"cunhada, cunhadinha, temperada na cozinha"
"olha cara, eu gosto de você, mas gosto mais da mocinha"
"o michael trabalhava como escavador para a prefeitura" - michael, o cachorro da cunhada
"e aquele dia na boate, lembra?"
"hummmm, que fome"
"morri psicologicamente"
"..."
" Cunhada diz: então e o que faz a antena diabólica (parabólica)?
Cunhada responde: conecção direta com o inferno!!"


Beijo cunhada!!
nayarac.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sobre algumas coisas de web...

Sobre algumas coisas de web...
(não sou perito..perdão para as faltas do caminho)
Ontem (19/03), assistindo um dos excelentes programas da TV Cultura, me deparei com um sábio senhor chamado Sérgio Amadeu dizendo sobre o problema da exclusão digital hoje no Brasil.
Claro, eu não vou nem quero questionar isso; não seria ridícula a tal ponto.....
Entre tantas outras coisas que já não me lembro, ele disse sobre a estrutura educacional que é velha de mais, que não consegue fazer o aprendiz evoluir; daí tantas salas e laboratórios de informáticas trancados e sem uso.
De fato; a estrutura é velha. Mas o pensamento também é.
Como uma licenciando em história e profissional de web vivo bem o dilema, agravado ainda pela localização geográfica que me encontro: fora dos grandes centros e dos grandes acontecimentos.
Vejo como, na prática, um professor é inapto diante de qualquer que seja a tecnologia para o além do giz e lousa.
Vejo também que eles, estas professoras e professores que se graduam comigo se sentem incapazes de conhecer (nem precisava dominar mesmo) essa fabulosa máquina.
Também tive medo de computadores, até entender que eles são feitos SIM para que eu evolua e conheça mais.
Também o homem primitivo teve medo do fogo. Já pensou se ele tivesse desistido ou mesmo tivesse deixado o medo tomar conta de si? Será que teríamos chegado a lua?
Talvez a resposta parece óbvia...
O que me preocupa porém é outro fato: o do pensamento. Longe de ser uma defensora da teoria das mentalidades, mas é a condição mental destes que ensinam e dos que aprendem que me inquieta. Afinal, ser professor ficou no tempo. Hoje quem ensina informática é monitor, instrutor... o personagem professor se resumiu na figura cómica do passado; nas velhas salas com os escassos materiais de que dispunha; como se por exigencia da profissão, ele tivesse que permanecer com seu jaleco e seu giz, enferrujado e enferrujando.
Ser professor está em desuso, poderia se dizer se isso fosse sobre uma peça de roupa.
O pensar está velho.
A estrutura está velha.
Os jovens estão velhos.
As pessoas, de maneira geral mas sem ser generalista, estão velhas. Buscando no saudosismo, o conforto para aquilo que não temos.
Mas, para não ser utópica demasiadamente, precisamos lembrar: como falar em inclusão digital para pessoas que não tem água encanada? para aquelas que não tem vasos sanitários em suas casas? para aquelas crianças que não tem nem os dentes na boca? é difícil..... e também do outro lado: como falar para essas crianças que têm água encanada, vaso sanitário, dentes perfeitos que, se elas não buscarem desesperadamente o conhecimento rápido e atual que a tecnologia traz, o futuro daquelas outras crianças nunca vai mudar?
Não quero também parecer saudosista, porém a postura a ser tomada fica cada vez mais difícil.
Nunca impossível, porém sempre difícil.
A dúvida que resta é a quem incluir digitalmente: os que passam fome na grande favela do país ou os que se concentram nas populosas metrópolis?

PS: vestir um santo para despir o outro não é um bom caminho...

terça-feira, 11 de março de 2008

Canção pra declarar minha saudade.

Faz tempo que não escrevo. Isso me faz falta.
O tempo não colabora muito, mas confesso que não me esforço muito.
"Fácil seria aceitar essa vaga idéia de paraíso....como borboletas, que só vivem 24 horas. - Cazuza"
é sempre bom voltar.
Como em um samba-dor-de-cotovelo ou em um bolero feito na madrugada fria, volto a escrever; volto a sobreviver de minhas ilusões.
Cada dia descobre-se uma novidade sobre si mesmo. Hoje foi meu dia de descobrir-me.
Nos versos achados ao acaso muito mais do que suspeito, capaz de nos fazer duvidar de todas as crenças descrentes que temos por vontade ou por obrigação, encontrei uma tradução para minha alma, que a muito havia se perdido.
Pensei, no momento da leitura, que se tratava de um documento comprovatório do nascimento de minha vida errante. Porém, não era. Mas, como já dizia um sábio canário, o mundo sendo ou não uma loja de belchior, é preciso alimentar nossas vidas com qualquer sentimento que o valha. Sendo assim, o fiz.
Encontei em um amontoado de letras o conforto do abraço quente, pesado, presente, amoroso.
Pensei que seria passageiro o sentimento ali depositado, mas não o foi.
Pensei, ludicamente, que o tédio cotidiano superaria mais esse fato poético, mas não o foi.
Pensei....e isso foi bom.
É por isso que volto aqui e me digo: lembrai sempre.

Os tais versos...

"É necessário estar sempre bêbado.

Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.

E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!

Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha."

Charles Baudelaire


nayarac.

domingo, 2 de março de 2008

Bem, este vai a pedidos!! (que coisa mais fashion!!)

Hoje é domingo.
Noite.
Tomei sol pela manhã e despachei meus pais de casa, tudo para não ter que fazer almoço.
Resumindo, cérebro vazio.
Triste, eu sei e concordo.
Apesar de ter passado o fim de semana lendo sobre a América pré-colombiana; sobre o asilo do Juquery; sobre a psicodinâmica das cores e agora sobre Boris Fausto, minha massa encefálica insiste em ficar oquinha da silva sauro.
....
(adoro este blog. Ele me faz pensar, mesmo quando eu não quero muito...)
me lembrei das coisas planejadas para essa semana que vai começar:
- pagar a faculdade;
- ler mais um pouco de cada um dos 6 livros que estou lendo;
- tentar comer menos;
- tentar dormir mais;
- tentar trabalhar mais;
- bem...esqueci do resto..

por que será que insistimos em controlar essa medição injusta que chamamos tempo? por que não vivemos, tão simplesmente como se devia?
Fico (muito mesmo) frustada com a inevitável sensação das sexta-feiras: " a semana já acabou?"
nunca entendi nem aceitei muito bem essa convenção sobre o tempo.

oras, quem disse que seriam 24 horas? (o jack bauer não vale...)
é de fato confuso para mim.
Ainda essa semana, meu grande querido do coração, mestre por merecimento, doutor por título professor de Histórias brasileiras e americanas vem me dizer:

no mesmo tempo, mas em espaços diferentes, qndo a lógica é a mesma, mas em regiões distintas;

no mesmo espaço, mas em tempos diferentes, qndo a lógica não é a mesma, mas as regiões sim;

em tempos e espaços diferentes, aliando-se a isso a questão das classe socias.

César, eu juro que pensei muito, mas ainda não entrou na minha cabeça =/
Eu juro que vou pensar mais, mas se alguém quiser me ajudar, vou precisar muito :D.

Até a próxima!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pequeno parenteses....()

Então...é difícil reconhecer....mas nasci em um lugar que não me pertencia.
Meu coração não vibra quando vejo os pensadores, a tecnologia atual (bem essa ainda vai..), as músicas do Bonde do Tigrão, as novelas da Globo.... =/
O que aquece meu insano coração é o passado. Não o enterrado, o esquecido. " Toda história é a História do presente." já sei...aprendi isso em uma das maravilhosas aulas com o profº Drº Carlos Eduardo Marotta Peters....
Mas o que eu amo mesmo são os Beatles; Dance in Day's; noite do Flash Back; Desenhos do muppets baby...
chega a ter um entoamento humorístico, eu sei...mas não posso negar.
Sgt. Peppers é a representação musical de tudo o que eu penso sobre os anos que eu não vivi.
O passado, por si só, já é lindo; glorioso; brilhante.
Mas o meu passado, que cheira a naftalina do tempo presente, que revive nos corações poluídos pela falta de amor,...ah! este sim me encanta.
Viva aquele tempo em que o futuro importava.
Aqueles dia de glórias onde podíamos ser apenas nós...onde se podia gritar.
"O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou.."
Talvez seja isso. Estamos no inferno (cultural, emocional, populacional, mental....) e ainda não voltamos.
Espero estar aqui qndo voltarmos.
Enqto isso, eu me aguento. Ouço Tom Jobim....tenho alucinações recitando Vinicíus de Morais e Carlos Drummond...
"lendo aqueles bilhetinhos azuis que encontramos ao acordar...."

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A saga de duas cunhadas : O livro de direito das cunhadas - parte I

Hoje, dia em que completo 21 anos, fundo o livro de diretos das cunhadas.
Sim, cunhadas mesmo.
Mas nao aquelas pessoas chatinhas que entram na sua familia sem pedir licença, sem mais nem menos...
não essas falsas cunhadas, que usam esse título sagrado indevidamente.
Falo das verdadeiras cunhadas, aquelas legítimas por sangue, linhagem e descendênicia. Aquelas que são nossas irmãs mais velhas, nossas companheiras, nossas
orientadoras de moda, de vida, de garotos...essas será minha saga, minha sina: escrever (enqnto viver) para contar a história sobre eu e minha cunhada.

Vamos ao princípio então...
em meados da fundação do mundo, em meio a répteis gigantes e afins, estavamos eu e minha cunhada, perdidas na selva pré histórica....
eu, nove anos, franjinha (o que na época não era nada moda..) gordinha, na terceira série do ensino fundamental (isso já explica muita coisa mesmo..); ela, a peça chave
dessa história, a mater, father, brother, sister, thuck de tudo!! de calça jeans preta com lycra (pesando 47 kl - imaginem como era..) blusa tipo camisinha de botão
florida a lá feira do cigano com um sapato não identificável para mim naquela época.

Nos encontramos nos seguintes moldes....ela estava sentada em um sofá da sala de visitas em minha casa. Eu, sentada no sofá da sala de TV. Apenas uma parede
separava a vida que estava para vir. A amizade tremendamente fundamental que todos devemos ter era separada por uma parede. Um parede mizerável.
Tijolos, era só.
O passo inicial foi meu, entrando na sala e iniciando aquilo que seria a primeira de nossas conversas:

- oi!
- oi*!
- Qual é o seu nome?
- Jeane.....e o seu?
- o meu é Nayara....
- em que série vc estuda??? (óbvio que essa pergunta foi minha; afinal estava na 3ª série e a escola era o meu mundo paralelo..)
- no 2º colegial........
- como chamam suas professoras ??
- .....................

...
e assim foi...
o princípio nasceu disso.
Esse fato já nos rendeu várias risadas. Boas risadas mesmo.
Rimos tanto que até choramos.
Mas já dá pra imaginar...esse foi apenas o começo.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Continuando...

Apesar de (quase) ninguém ler meu blog, eu leio muitos por ai.
Menos do que gostaria, é claro. Porém são muitos mesmo. (assim que descobrir como, coloco todos os links.)
Das muitas coisas que encontro na net, dentre os vários assunto: moda, roupa, sapatos, design, coisas engraçadas, emoticons e afins; quero destacar a importância deles no dia a dia.
São coisas bizarras, mas fundamentais.
Por exemplo: encontrei um blog chamado "Jesus de suspensóriois!"; genial.... :)
34 é o número de blogs que leio diariamente. Diariamente mesmo.
Há outros que descubro mas fico sem tempo de ler atentamente, como se deve.
Enfim, o germe gerador desse post é o fato de que como ler - ter - escrever blog é legal. (mesmo em um teclado tão ruim qnto o meu, onde um texto de 10 min. demora um século para ser escrito.)
É como se pudessemos entrar na cabeças das pessoas; como se todos participassem de fato dos fatos do mundo; quase que sair da condição telespectador para apresentador da vida, do mundo.
Estranho é esse sentimento que deveria ser parte essencial para qualquer cidadão só ser alcançado pelo blog, ou pela essência que o blog tem. Ou não.
...
Perceba que o fato de criticar, elogiar, questionar tudo o que se tem vontade, ou pelo menos o que deve ser o mínino para não morrer de tédio só acontece aqui, no mundinho virtual que criamos.
As outras pessoas do mundo, aquelas que morrem de fome, sede e de febra amarela não podem dizer o que pensam sobre a desição juducial a cerca de counter strike, nem sobre qualquer outra coisa...
A expressão cidadão de papel nunca fez tanto sentido nas reentrâncias de meu cérebro.
Aliás, a fragmentação da sociedade tb não.
Ouvi outro dia no programa "Gordo visita", da MTV um entrevistado dizer que pior do que está não pode ficar. Papo velho esse, mas até dá pra acreditar.
Porém, minha vil condição não pode aceitar simplesmente sentar-se e esperar, como em um livro de Stephen King, por um milagre.
Por muito tempo, não acreditei que a web, tal como ela é, fosse capaz de promover tanto por tantos, e também por tão poucos...
Enfim, mas um post termina com todos os erros e acertos de um mente sem sentido e a procura de qualquer coisa que valha mais do que isso.
O que persiste é ainda a mais velha de todas as frases....O homem ainda é a medida de todas as coisas. (Protágoras).
Até mais, menos do que antes..

Bem...

Acho que ninguém deu por minha falta nesses últimos dias sem post algum.
Também pudera, acho que ninguém leu meu blog ainda.
Nem meu namorado =/
isso é mesmo triste.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

é isso ai!!

Em meio a tantos fatores, ainda temos tempo para ensinar.
Li em algum blog por ai, que já se supos (por algum tempo) que a arte de ensinar foi a primeira profissão do mundo. O texto todo se desenrolou e se foi, mas a essência dele ficou em mim a tal ponto de me fazer escrever sobre ela.
Qndo estamos de fato prontos para ensinar?
Mesmo em uma formação acadêmica que me empurra para tal, sinto total pânico só de pensar. Mas um dia essa realidade bateu em minha porta e não havia para onde correr...
não foi tão difícil qnto esperava, porém as frustações são facas afiadas.
Diferente da minha outra vida - webdesingner - onde posso esquivar-me do fracasso apontando este ou aquele programa, no lecionamento não há como. Os mesmos instrumento rudimentares de séculos atrás - lousa, giz e garganta, - garante o sucesso e a decadência; dependendo apenas da intencidade....

E em qtas coisas ensinamos...nas conversas paralelas dentro do período; nas piadas mal contadas; nos olhares arrebatadores que lanaçamos para aqueles olhos famintos de poder....
o poder de torná-los melhores do que nós...

Lecionar é difícil. Ou seja fácil de mais. Depende muito mais de quem recebe do que de quem entrega.
Acredito que vamos conseguir.....ao menos sobreviver.
:D :D :D

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008


Todo dia um ninguém José
Acorda já deitado
Todo dia ainda de pé
O Zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer
Raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com fé
De quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo

Toda rosa é rosa
Porque assim ela é chamada
Toda bossa é nova e você
Não liga se é usada
Todo carnaval tem seu fim
Todo carnaval tem seu fim
E é o fim
É o fim

Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol
Quem sabe eu não toco?
Todo o samba tem um refrão
Pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem Acorda já deitado
Toda folha elege um alguém
Que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz
......

........



Marcelo Camelo - Maria Rita

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

sobre todas as coisas do mundo.

Acho que esse deve ser um pensamento de fim de terça-feira da semana mais complexa do mês...
"como seria saber sobre todas coisas do mundo?"

tá certo.....pretenção de mais pra quem tem 20 anos....talvez até para quem tem mais que isso.
A idade também não importa.

....
De uma maneira geral, falar sobre todas as coisas do mundo é uma situação corriqueira, trivial.
Todos os dias fala-se sobre elas, tenta-se falar sobre elas.
Historicamente, não existem mundos; existe apenas acontecimentos simultâneos que formam instantaneamente a mesma história, o mesmo presente.
sendo assim, onde ficam todas as coisas do mundo?


Complexo de mais...

eeeee cunhada......

Como as amizades são importantes....
amigos mesmo, de verdade. Aqueles que fazem comentários no seu blog só pra vc não ficar triste pq ninguém leu ainda =/
Amigos são aqueles que te sacodem pra gente poder acordar e sacar o qnto estavamos errados...



Esse post foi pra falar sobre minha maior e melhor amiga, minha querida que mesmo longe ainda me atinge com sua alegria e exemplo.
Se sou como sou hj, devo isso a vc!!!

domingo, 6 de janeiro de 2008

estava pensando por aqui...

estava pensando por aqui...
sobre todas as coisas que não entendemos. Mas de uma maneira geral: sobre a vida; matemática; brigas de casal; sogras....essas coisas todas.
Qntas pessoas passam pela vida sem entender ou ao menos se importar em entender?
Acho que muitas delas.
E nós,
e eu?
será que tb entendo ou não. Matemática tenho certeza que não...

como saber?


Este post foi pensado criado para falar sobre as coisas bonitas que existe por ai. Mas bonitas mesmo, sem efeitos de photoshop em capas de playboy...
Sobre a beleza que existe em sorrir e ver cachorros brincando. Sobre a beleza que se esconde no vento que nos refresca ou na chuva que nos alaga...sobre a beleza transparente que há na dedicação e na persistência da luta que travamos todos os dia, para sermos um pouco mais nós mesmos.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Já quero blogar de novo...
coisas de criança com briquedo novo =)

bem....let's a blogar então!!


Bem, acho que daqui pra frente, não será mais possível controlar isso aqui.
E isso pode ser bom ou não.
Honestamente, não sei o que escrever aqui, mas vou escrever aqui, mas será sobre um pouco de todas as coisas que eu sei e sobre as que eu gostaria de saber: artes, moda, história, ciência, arte digital, e todas essas coisas que são tão presentes em minha vida, mas que mesmo me deixam desnorteada.
Espero que alguém leia este blog, e que se não for demais, alguém goste dele!!