segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Correio Braziliense e a imprensa no Brasil - parte II

Parte II - A imprensa no contexto brasileiro

O Brasil não tinha universidade e era um dos únicos no mundo, exceto a África e a Ásia, que não produzia a palavra impressa. As poucas
tentativas esbarraram na intransigência das autoridades portuguesas.

A base econômica, o escravismo, dispensava investimentos na cultura. Antes de 1808 houveram duas tentativas de se implantar tipografias,
mas foram abafadas pela corte que temia a propagação de idéias contrárias ao regime. Isso porque neste período as idéias liberalistas
infestavam vários países como EUA e França e sendo a base política de Portugal a monarquia, não convinham facilitar a circulação de tais
idéias, uma vez que estas entravam diretamente em choque com a legitimidade dos reis. A ignorância era necessária ao colonizador.

As mudanças vieram com a chegada da Família Real que promoveu a abertura dos portos, desabrochando o comércio, entre outros benefícios.
A presença francesa no território português obrigou a criação no Brasil de fábricas de ferro, pólvora e vidro. Havia também a necessidade de
divulgar os atos do governo e notícias interessantes à colônia, daí a implantação da imprensa logo após a chegada do rei. Será nesse contexto
de transição que o Correio Braziliense aparecerá.

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