terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre o tal cabelo curto.

Já faz algum tempo que cortei o cabelo. Curto.
Porque pra mim não faz assim um sentido muito grande ir ao salão cortar "1 dedo". Isso não é corte, é aparar as pontas, dar "força" pro cabelo, é qualquer coisa, menos cortar.

E ai que eu tinha um senhor cabelón e agora tenho um mini cabelinho. Não chegou a ser um corte tipo joãozinho, ainda rola um micro rabinho. E hoje, por causa de uma ida ao cinema, eu arrumei meu cabelinho - como tenho feito nesses tempos de curto. Mas mesmo curto eu pensei: "Poxa!, eu queria prender..."

E porque isso? Afinal, que sentido faz prender um cabelo curto?

E ai que fiquei pensando nisso. E pensando eu lembrei que minha vida capilar foi muito estranha. Se é que posso chamar tudo o que passei com o cabelo de vida.

Meu cabelo é, como de muitas moças por ai (acredito), encaracolado. Não é com cachos nem liso nem crespo nem outra definição qualquer. Meu cabelo é do tipo sem definição de forma. E puxa! quanto tempo demorei pra entender isso.
E também nem poderia, afinal passei metade da minha vida com ele preso com uma presilha amarala de plástico medonha. Claro que, não sem antes, passar aproximadamente 758 gr de creme para pentear.

Não dá nem pra imaginar o quão ruim isso era. Ah! é preciso mencionar que até os 9 anos eu também tinha franja. E gente, eu nem preciso comentar o risco que é ter uma franja e uma presilha amarela juntos. Isso não era bom pra mim.

Mas além de tentar esconder desesperadamente meu cabelo que só queria carinho e compreensão, eu também tentava esconder minha cara, cheia de acne e oleosidade. De fato, era mais que o fim.

E foi assim por um bom tempo (anos!!) até eu perceber que não tinha que esconder nada, não tinha que ficar no fundo da sala. A única coisa que eu precisava mesmo era a única que eu não queria fazer: olhar pra mim.

Era só olhando pra mim e minhas particularidades que eu descobriria como cuidar de mim mesma e parar de me esconder. Porque né?!, era isso que eu fazia.

Ler todos esses blogs de beleza me ajudaram muito a me ver. Ver quem eu sou e como eu sou bonita e interessante, mesmo não tendo a cara da Gisele. E antes deles, as revistas me ajudaram, os programas "para mulheres" que passam a tarde na tv me ajudaram. Baixar minha auto crítica me ajudou a ver que não precisa ser igual, xerox da outra pessoa. Precisa se enxergar.

Foi assim, construindo esse pensamento de me sentir confortável comigo que eu quis prender o cabelo. Pra mostrar meu rosto, minha cara, minha verdade de beleza. Eu quis ver também, além de mostrar, como eu sou eu mesma.

nayarac.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Nayara, sou o Eduardo Tinarelli...
Quem á muito tempo atraz recebeu um comentario seu no http://blogdoedutinarelli.blogspot.com/, lembra?

Só a um tempinho eu vi o seu comentario, por isso demorei a escrever.

Se você quiser, podemos nos falar via msn: eduardo.tinarelli@hotmail.com.


Ah, já ia me esquecendo, se você quiser, pode fazer um banner do tipo logo do seu blog e me enviar o codigo html que eu indico seu blog sem problema (e na faixa).

Abraços de seu 'Parente' - Eduardo Tinarelli.